Os analistas que diariamente mantêm contato com a equipe do Agronegócio disseram na última semana que o mercado começa a dar como certa a colheita de uma safra de grãos cheia pelo Brasil. A informação tem considerável grau de risco, uma vez que as colheitadeiras mal chegaram às lavouras, mas é determinante para se traduzir os movimentos de preços observados nos últimos dias.
O caderno Agronegócio mostra hoje que, como era previsto, as cotações da soja estão registrando forte queda no mercado brasileiro. Justamente por esse entendimento de que a oferta será grande. Por outro lado, a reportagem de capa aponta para uma questão chave: a escassez que impera no mercado internacional.
Da mesma forma que seria precipitada a comemoração de uma safra recorde, é cedo para se falar em perda de rentabilidade com base nos preços dos últimos dias, afirmam os especialistas. Isso porque, além de as cotações continuarem em patamares elevados e lucrativos, a tendência de desvalorização ainda pode se reverter ou ser contida.
Em plena safra histórica – que promete confirmar o Brasil como maior produtor e exportador de soja e um fornecedor de milho quase tão importante quanto os Estados Unidos –, o monitoramento das tendências passa a ser decisivo para o produtor. A informação torna-se insumo indispensável para quem pretende garantir uma colheita efetivamente lucrativa.
O país busca uma safra histórica, mas não tem como esquecer dos problemas de infraestrutura. As limitações no embarque de grãos, o subaproveitamento da infraestrutura disponível surgem como gargalos a serem atacados, mostram outras reportagens desta edição.
Essa abordagem contextualizada da produção rural será a tônica também das próximas edições, em que o Agronegócio vai contar com reportagens produzidas diretamente do campo e centros logísticos como o de Porto Velho (RO). Duas equipes da Expedição Safra vão percorrer Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nas próximas três semanas. Todo o conteúdo pode ser acompanhado também pelo site www.agrogp.com.br. Boa leitura!
