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Congresso “ignora” vetos de Dilma em retomada de matérias agropecuárias

Nas votações, deputados e senadores ignoraram os vetos e aprovaram as matérias assim como elas tinham sido encaminhadas para  sanção ou veto de Dilma Rousseff | EVARISTO SA/AFP
Nas votações, deputados e senadores ignoraram os vetos e aprovaram as matérias assim como elas tinham sido encaminhadas para sanção ou veto de Dilma Rousseff (Foto: EVARISTO SA/AFP)

O Congresso Nacional retomou votações de propostas agropecuárias que tinham sido parcialmente vetadas pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Nas votações, deputados e senadores ignoraram os vetos e aprovaram as matérias assim como elas tinham sido encaminhadas para apreciação da então presidente.

O primeiro destaque aprovado derrubou o veto ao projeto de lei de conversão da Medida Provisória (MP) 682, que atribui à Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias a função de gerir o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural. O dispositivo aprovado desobriga o produtor rural de contratar apólice da seguradora do banco em que tomou empréstimo, o que era considerado venda casada.

De acordo com o dispositivo que passa agora a constar da lei, é livre a escolha do tipo de apólice e dos riscos cobertos quando da concessão de subvenção econômica pela União na contratação do seguro rural. O Poder Público também não poderá exigir a contratação de um determinado seguro como condição para acesso ao crédito de custeio agropecuário.

Igualmente vetado na nova lei, foi restabelecido com a votação dispositivo que prevê o fornecimento de dados históricos individualizados sobre a atividade agropecuária a ser segurada referente a ciclos produtivos anteriores.

Na votação na Câmara, foram 293 votos pela aprovação do destaque e 11 contra. No Senado, houve 51 votos pela derrubada do veto e 4 contra. Para aprovação de um destaque e consequente derrubada do veto, são necessários os votos favoráveis de pelos menos 257 deputados e de 41 senadores.

Outros destaques revistos

Na votação de destaque a veto do Executivo ao projeto de lei que tratou da anistia a policiais e bombeiros militares que participaram de movimentos reivindicatórios em vários Estados, os parlamentares aprovaram o dispositivo rejeitando o veto. Na votação na Câmara, foram 286 votos a favor e 8 contra. No Senado, houve 44 votos a favor do destaque e sete contra.

Em outra votação, o Congresso aprovou destaque e, com isso, derrubou o veto parcial ao projeto de lei de conversão da MP 691, que autorizou à venda de imóveis pela União, inclusive de terrenos da Marinha, cujos recursos seriam destinados ao Programa de Administração Patrimonial da União. Com a aprovação do destaque, o texto a ser incluído na Lei 13.240 prevê o repasse de 20% do valor da venda de imóveis da União aos municípios onde estão localizados.

Faltam ainda ser apreciados nove destaques a vetos presidenciais. A previsão do 1º secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), é que a votação dos destaques aos vetos na sessão desta terça do Congresso Nacional seja encerrada por volta da meia-noite. Só depois de concluídas tais votações é que começa a ser discutido e votado o projeto de lei que muda a meta fiscal. Mansur informou que a intenção do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), é votar ainda na madrugada desta quarta-feira (25) o projeto que altera a meta fiscal.

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