De pai para filho, negócio em família renda gera no campo

No comando da propriedade da família em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, encontramos Leandro Cavassim, que assumiu as atividades da lavoura de 15 hectares há oito anos. “Eu sempre trabalhei na roça, ajudando a família. A lavoura era do meu bisavô e hoje eu assumi os negócios. Se eu não fizesse isso meu pai ia tocar até quando pudesse, mas é difícil”, comenta.

Cavassim, que tem dois irmãos fora da agricultura, saiu do meio rural aos 20 anos para estudar e trabalhar na cidade, mas após três anos retornou. Além do trabalho na lavoura, há três anos Cavassim é presidente da Cooperativa Agrícola Familiar de Colombo (Cooacol) que atualmente conta com 61 agricultores. Na direção, o mais velho tem apenas 36 anos. “Nós fundamos a cooperativa para não depender de atravessadores, garantindo mais renda para os produtores, mas para implementar uma nova ideia não é fácil. Nós queremos crescer, investir em tecnologia. Já o pessoal mais antigo ainda tem restrição a novidades, mas aos poucos vamos mudando ”, diz .

Nós queremos crescer, investir em tecnologia e ter mais qualidade de vida.

Leandro Cavassim  produtor rural

O produtor Marcos Antônio Gea Paulino, de Iporã, no Noroeste do estado, também saiu em busca de dinheiro, mas hoje vê na agricultura tecnificada uma grande aliada na geração de renda para a família. “Na nossa propriedade tínhamos uma área de pastagem, que não era utilizada, e a avicultura, mas a renda não era boa. No entanto, há sete anos investi na pecuária de leite e está dando certo”, conta Paulino que tem duas irmãs trabalhando fora da agricultura. Ele produz 250 litros de leite por dia, mas tem uma meta de alcançar 350 litros/dia nos próximos anos.