A exportação de soja em grão bateu novo recorde histórico em abril, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No total, o país mandou para solo estrangeiro 10,1 milhões de toneladas nos 30 dias de abril. Esta é a maior quantia registrada em um período de 30 dias na história do país. O último recorde havia sido constatado em 2015, quando as exportações de soja atingiram a marca de 9,8 milhões de toneladas.
“O recorde ocorre mesmo em cenário de queda significativa nos preços da soja, com redução de 9,5% em abril. Mas a queda de preço foi mais do que compensada pelo aumento de 54% na quantidade exportada do grão no mês”, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho.
O secretário também comemorou o superávit da balança comercial de US$ 4,861 bilhões em abril, que é o maior da história para o mês. “O resultado do mês de abril era esperado, trabalhamos com cenário de aumento das exportações este ano”, completou.
O saldo da média diária entre importações e exportações ficou positivo em US$ 243,1 milhões em abril, uma alta de 891,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. A média diária das importações foi de US$ 525,7 milhões, retração de 28,3%. A média diária das exportações registrada em abril foi de US$ 768,7 milhões, 1,4% a mais do que em abril do ano passado.
Outros produtos
As exportações de básicos avançaram 2,5%, US$ 7,739 bilhões resultado explicado pela venda maior de milho em grão (+81,4%), soja em grão (39,4%), carne suína (16,9%), carne de frango (10,5%) e fumo em folhas (5%).
Os embarques de manufaturados caíram 1,3% em abril e registrou US$ 5,433 bilhões com destaque para os motores e geradores, que caíram 27,3%, autopeças, com uma queda de 26,5%, óxidos e hidróxidos de alumínio, um decréscimo de 24,2% e motores para veículos e partes, que registrou uma queda de 23,1%. Por outro lado, cresceram as exportações de torneiras e válvulas em 221,2% e automóveis de passageiro, um crescimento de 67,6%.
As exportações de semimanufaturados tiveram um incremento de 6,9% no mês passado, puxada, principalmente, por catodos de cobre (370,3%) e açúcar em bruto (78,3).
Do lado das importações, houve uma queda de 38,1% dos combustíveis e lubrificantes, 36,8% de bens de capital, 27,5% de bens de consumo e 24,4% de bens intermediários.
No segmento bens de consumo, as principais quedas foram observadas nas importações de bens de consumo duráveis como automóveis de passageiro, implantes “stents” e marca-passos, fornos e fogões de cozinha, aparelhos de audição de surdos, lentes intraoculares, próteses de artérias vasculares e refrigeradores.
Nos bens de capital, decresceram as importações de equipamentos de transporte industrial como veículos automóveis, locomotivas diesel-elétricas, dumpers para transporte de mercadorias, aviões, caminhões-guindaste. Já nos bens de capital, exceto equipamentos de transporte industrial caíram as importações de máquinas e aparelhos elétricos, equipamentos terminais e repetidores, instrumentos de medidas.
No segmento de matérias-primas e intermediários, caíram as aquisições de peças e assessórios para bens de capital, insumos industriais elaborados e alimentos e bebidas elaboradas, destinados principalmente à indústria.
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