De Norte a Sul, de Leste a Oeste, a soja não apenas redesenhou o mapa do Brasil como levou progresso, desenvolvimento e tecnologia às mais diferentes regiões do país. Ao longo de um século de história abriu estradas, construiu cidades e mudou o perfil da economia brasileira. Ampliou divisas e se transformou no principal item da pauta de exportação à frente inclusive do minério de ferro. Com liquidez comparada à do petróleo, assume relevância singular como grande ativo da economia do agronegócio e também da economia nacional.

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Moeda de troca nas transações da cadeia produtiva, a cultura conquistou espaço de destaque no mercado financeiro e virou investimento. Não necessariamente em produção física, mas em títulos e papéis negociados mundo afora. Do consumo animal à alimentação humana, a busca por uma destinação mais nobre também colocou a soja à mesa da população. E foi além. Mais recentemente passou a ser usada como matéria-prima para a produção de combustível, energia limpa e renovável chamada de biodiesel. Destinações polivalentes que elegeram o grão como a commodity agrícola mais cobiçada dos tempos modernos.

Do início do plantio em Santa Rosa (RS), que permite ao Brasil comemorar 100 anos de cultivo, a soja subiu o mapa e desbravou fronteiras. Um legado que motivou a publicação desta revista, dedicada a contar um pouco dessa história. Um relato baseado em um recorte sem pretensões científicas, baseado em relatos e registros dos próprios personagens dessa saga, os produtores rurais. Cultivada continuamente há um século no Brasil, a história da soja enquanto commodity – que ganha área num ritmo surpreendente, causa efervescência no campo e redesenha o mapa da agricultura no país – é recente.

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Somente nos últimos 40 anos o grão assumiu papel fundamental. Modernizou o agronegócio e, na última década, foi o alicerce da balança comercial. A revista, portanto, não tem o propósito de encerrar a questão. Mas de mostrar a extensão de um ciclo econômico sem precedentes e que não tem prazo para terminar.

Boa leitura!