Genética avançada, tecnologia de ponta e práticas pioneiras de manejo, o tripé que fez da bacia leiteira dos Campos Gerais um modelo de sucesso, rendeu a Castro o título de Capital Nacional do Leite. Casa das três principais cooperativas produtoras do alimento do estado– Castrolanda, em Castro, a Frísia, em Carambeí, e a Capal, de Arapoti – a região é referência nacional em produtividade e abriga vários dos maiores produtores de leite do Brasil.
O 13º brasileiro no ranking Milkpoint 2014, Albertus Frederik Woltersx é o segundo maior produtor de leite da região de Castro. Como muitos produtores, herdou a tradição da família. O pai, imigrante holandês, chegou ao país em 1952 com apenas seis vacas para começar uma nova vida. Albertus assumiu a propriedade nos anos 80 e os filhos devem seguir o mesmo caminho – um deles já estuda agronomia.
Na fazenda que mantém na região, que tem 800 animais e perto de 70 funcionários, os Woltersx produziram no ano passado 8,97 milhões de litros de leite. “A média do plantel é de 40 litros por dia”, explica Albertus. Para ele, a posição de destaque no ranking nacional é resultado de um conjunto de fatores. “Mão de obra, organização, os colaboradores e assistência técnica”, enumera. Investimentos em melhoramento genético, buscando vacas que tenham vida longa e que produzam bastante quantidade de litros e sólidos, como a proteína e gordura, também são fundamentais.
Título
O projeto de lei que dá ao município que lidera o ranking nacional de produção e produtividade do alimento o título de Capital Nacional do Leite foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados no mês passado e agora depende apenas de aprovação do Senado federal para ser oficializado.