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Um ano depois de sua criação, Aliança Láctea Sul Brasileira busca consolidação. | Josué Teixeira / Gazeta do Povo
Um ano depois de sua criação, Aliança Láctea Sul Brasileira busca consolidação.| Foto: Josué Teixeira / Gazeta do Povo

Um ano depois de ser estabelecida, a Aliança Láctea Sul Brasileira busca a consolidação aparando as arestas que ainda limitam a aproximação dos três estados sulistas na pecuária leiteira. Aspectos como a tributação e a ênfase na qualidade da produção são tratados como prioridade, ao mesmo tempo em que o grupo estabelece uma agenda de trabalho para assegurar a execução de ações práticas. A meta é assumir coletivamente a liderança nacional na oferta do alimento, chegando a 19 bilhões de litros produzidos até 2020.

Modelo dos Campos Gerais vira referência

O modelo de remuneração adotado pelo pool do leite – encabeçado pelas cooperativas Castrolanda (Castro), Frísia (Carambeí) e Capal (Arapoti) – vira referência na formulação das estratégias da Aliança Láctea. Os pecuaristas são pagos conforme a qualidade do produto entregue, com base em dados obtidos por meio de análises laboratoriais, reduzindo o risco de fraudes ou prejuízos ao consumidor.

“Sou pecuarista da região e afirmo tranquilamente que é o melhor modelo de remuneração do Brasil”, diz o coordenador geral do projeto, Ronei Volpi. O sistema do trio ABC está sendo apresentado nas reuniões da Aliança Láctea junto com o case da cooperativa gaúcha Languiru, como forma de indicar os benefícios da prática para toda a cadeia produtiva.

(IC)

Hoje, o bloco concentra 34,5% da produção láctea nacional, sendo superado apenas pelos estados do Sudeste (veja no gráfico ao lado). “Trata-se de um esforço coletivo para resolver problemas e aproveitar oportunidades comuns ao Sul dentro da cadeia do leite”, explica o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies. “Queremos construir um mercado igual ao que já existe para aves e suínos na região”, acrescenta.

Após a criação oficial da Aliança, em setembro de 2014, quatro reuniões gerais e diversos encontros técnicos foram realizados. “As lideranças estão presentes. Os secretários de agricultura de cada estado participaram de todos os encontros até agora”, destaca o coordenador geral do projeto, Ronei Volpi.

A partir das primeiras discussões, cinco grupos temáticos foram estabelecidos para tratar os pontos-chave de trabalho: qualidade da produção, tributação, assistência técnica, sanidade e organização setorial. Por enquanto, a questão dos impostos é a mais distante de um acordo, já que a própria situação econômica dos estados limita as negociações, pontua Volpi. “O aspecto tributário é o mais complexo. É um trabalho delicado, de longo prazo”, resume.

Modelo dos Campos Gerais vira referência

O modelo de remuneração adotado pelo pool do leite – encabeçado pelas cooperativas Castrolanda (Castro), Frísia (Carambeí) e Capal (Arapoti) – vira referência na formulação das estratégias da Aliança Láctea. Os pecuaristas são pagos conforme a qualidade do produto entregue, com base em dados obtidos por meio de análises laboratoriais, reduzindo o r

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Em paralelo, o setor reforça o apelo por qualidade da produção e descarta um estremecimento nas relações em virtude das investigações de fraude no leite do Rio Grande do Sul, em sucessivas etapas da Operação Leite Compen$ado. Para Spies, os fatos ajudaram a fortalecer a Aliança, que reforçou a ênfase na questão. “A fraude existe para esconder o leite ruim. Quando toda a região tiver uma produção de qualidade internacional isso acaba”, argumenta.

A articulação das ações é executada conjuntamente entre os estados, mas conta com uma liderança rotativa. O grupo já possui encontro marcado durante a Agroleite, quando a coordenação-geral será transferida do Paraná para Santa Catarina.

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