Os dados consolidados do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária de 2013, que acabam se sair, revelam a formação de dois corredores altamente produtivos no Paraná: o que envolve Castro e Ponta Grossa e o outro liderado por Toledo e Cascavel. O que há de comum nessas duas regiões? A associação entre agricultura de alta produtividade e a pecuária, tanto no caso do Oeste-Sudoeste, quanto no caso dos Campos Gerais.
O corredor do Oeste-Sudoeste abrange Toledo, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Assis Chateaubriand e Dois Vizinhos. Cada um desses cinco municípios arrecada mais de 1% do VBP estadual, somando 7,5%, ou R$ 5,2 bilhões do total de R$ 69,1 bilhões. Nos Campos Gerais, a corrente tem seis elos e inclui municípios com VBP acima de R$ 500 milhões. É puxada por Castro e seguida por Tibagi, Guarapuava, Piraí do Sul, Palmeira e Ponta Grossa, que somam 6,5% do VBP estadual, ou R$ 4,5 bilhões.
A análise dos dados individuais mostra claramente a importância da pecuária, ligada à agroindústria. Castro arrecadou R$ 456 milhões com leite, frango e suínos e R$ 400 milhões com soja e milho. E Toledo, líder absoluto no VBP, com R$ 1,59 bilhão (2,3% do valor estadual), arrecada R$ 870 milhões com suíno, frango e leite e R$ 382 milhões com soja e milho.
Essas regiões devem ser menos afetadas caso se confirme a redução do VBP da soja em 2014, estimada em 12% pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que divulga mensalmente projeções para o ano em curso. A cesta de produtos que o Mapa analisa é menor e indica que o VBP agropecuário do estado subiu 8,8% em 2013, para R$ 50,7 bilhões, e que, pela desvalorização dos grãos, tende a cair novamente para a casa de R$ 46 bilhões em 2014.
O estado ainda tem condições de sustentar VBP próximo do registrado em 2013, avalia o diretor do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Francisco Simioni. “A maior parte da produção do último verão foi vendida a preços bons”, considera.
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