A ovinocultura está em crescimento e luta para ganhar padrão no Paraná, mas já tem condições de se tornar a principal atividade de uma unidade produtiva, conforme o setor. Os investidores apostam na formação de grupos, como cooperativas, para tornar a oferta regular ao longo do ano e atender ao aumento da demanda.
A região dos Campos Gerais reúne características favoráveis para a criação de ovinos, como o clima e a possibilidade de usar como alimento as sobras da agroindústria, como farelo de soja, aveia, cevada e fragmentos de milho. Além disso, a proximidade de Curitiba – hoje um dos maiores mercados consumidores de ovinos do país – e do Porto de Paranaguá, potencializam a cadeia.
Santos explica que, com bom investimento em gestão adequada nas propriedades pequenas e médias, a ovinocultura tende a se tornar atividade principal, como acontece em países como a Nova Zelândia. A confirmação da viabilidade da aposta depende de estudos na propriedade em questão.
O desenvolvimento da ovinocultura como atividade complementar recebe estímulos. A cooperativa Castrolanda, em Castro, tem 30 cooperados na área, com 8 mil matrizes e cerca de 4 mil animais abatidos por ano. O grupo faz seleção genética com uso de novas tecnologias e chega a importar sêmen e embriões do Reino Unido.
“A grande vantagem nos Campos Gerais é que a cooperativa está estruturando a cadeia produtiva e organizando a comercialização”, diz o coordenador da ovinocultura na Castrolanda, Tarcísio Bartmeyer. A meta é iniciar a exportação em dois anos.
A produtora Renata de Jager e o marido, Marcelo, trabalham com animais registrados há oito anos e fazem parte da cooperativa. “Entramos no projeto da produção de cordeiro devido à procura da carne no mercado”, conta Renata. Hoje o casal tem 240 ovelhas voltadas para genética e mil em rebanho comercial – investimento que começou em julho do ano passado.
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