A colheita da supersafra de grãos chegou ao fim nos campos da região de Maringá, com média de 3,2 mil quilos por hectare de soja e avanço de 35% em relação à produtividade do ano passado. Mas, para os setores da economia que têm seu desempenho definido pelos resultados do agronegócio, o trabalho está apenas começando, e em clima de otimismo. A alta produtividade das lavouras e os preços estáveis dos grãos prometem contagiar os negócios na 41.ª edição da Expoingá, que ocorre de 9 a 19 de maio no Parque Francisco Feio Ribeiro.
O evento funciona como turbina para a economia do Noroeste paranaense. Em onze dias, mais de 900 expositores estarão mobilizados para prospectar clientes, estreitar relacionamentos e fechar negócios. A expectativa é que mais de 500 mil pessoas marquem presença na feira, que pretende pensar e planejar o futuro da cidade e do campo. O tema deste ano é Semeando Sustentabilidade.
A feira deve movimentar R$ 260 milhões, com aumento de R$ 50 milhões em dois anos, segundo a Sociedade Rural de Maringá (SRM). “O momento é oportuno para investimentos em novas tecnologias, para quem quer conhecer o que há de ponta no mercado”, avalia Wilson Filho, presidente da entidade.
A feira é uma das maiores e mais abrangentes do país, aponta. “Temos desde curso de enfeite de compotas até um seminário que debate a integração de lavoura com pecuária e florestas, além de workshop para discutir a participação do nosso segmento dentro de países como os Estados Unidos e a China.”
Ao todo serão 60 eventos técnicos (41 cursos e palestras, além de encontros setoriais e seminários) – grande parte voltada à pecuária, atividade forte na região. Animais de genética de ponta serão julgados na Expoingá, que terá ainda 13 leilões, incluindo gado de elite.
35% mais soja. Esse foi o incremento nos 230 mil hectares cultivados na região de Maringá nesta temporada, depois da quebra climática de 2011/12.