Num momento em que a cadeia da soja amplia a pressão contra as negociações entre a América Latina Logística (ALL) e a Rumo, na tentativa de evitar redução no transporte ferroviário da oleaginosa e favorecimento da cadeia do açúcar, as duas empresas negam esse risco e informam ter intenção de ampliar negócios com o setor de grãos. A aquisição da ALL pela Cosan, proprietária da Rumo Logística e líder na produção de açúcar, foi aprovada pelo conselho de administração da concessionária de ferrovias e deve passar por assembleia dos acionistas da gigante do setor sucroalcooleiro neste dia 8 de maio.
Atualmente, um terço da safra de soja depende de transporte ferroviário, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), índice considerado baixo. Por falta de caminhões, que representam 60% da matriz de escoamento, os fretes rodoviários subiram cerca de 20% no último ano, conforme as transportadoras.
A Rumo informou que não há risco de discriminação da soja. “Pelo contrário, a prioridade da nova empresa serão as cargas de grãos por estarem mais distantes dos portos de destino”, alegou em nota. A empresa sustenta que vai fazer investimentos para que, além do açucareiro, “os demais setores também tenham suas demandas atendidas.” A ALL disse ter movimentado, em 2013, cerca de 3,6 milhões de toneladas de grãos no sentido do Porto de Paranaguá. O Porto de Paranaguá contabilizou 3,1 milhões, com redução de 25% ante 2012.
O negócio da ALL com a Rumo envolve US$ 3 bilhões e depende ainda do Cade. O órgão regulador tem condições de exigir medidas que garantam preço atraente para o transporte de grãos. A reportagem tentou entrevistar os executivos das duas empresas sobre a falta de espaço para a safra recorde de 2014 nas ferrovias, mas os assessores de imprensa repassaram apenas notas oficiais.
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