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A colheita da maior safra de milho da história brasileira em 2012/13 (com saldo estimado em 77 milhões de toneladas) amplia as sobras no mercado interno. Com o consumo doméstico estabilizado em 52 milhões de toneladas, as exportações serão a principal válvula de escape da pressão sobre os preços, que deve se agravar a partir de agosto. Os embarques, no entanto, estão perdendo ritmo em pleno escoamento da safra de verão. E, quanto maior a colheita de inverno, mais difícil será equilibrar oferta e demanda nesta temporada.

“Não há outra alternativa. Vamos ter boa produção interna e há necessidade de exportação para enxugar o excedente. Mas embarcar 15 milhões de toneladas, só com muito PEP [Prêmio de Escoamento da Produção]”, crava o analista da FCStone Étore Boroni. O setor teve maior espaço no mercado internacional no último ano devido à quebra registrada nos EUA, mas não pode contar com nova catástrofe climática. “Se colherem uma safra normal, entre 330 milhões e 350 milhões de toneladas, os EUA conseguem dobrar seus estoques, e isso vai derrubar os preços no segundo semestre”, sentencia Boroni.

Sondagem

Os desafios e oportunidades do mercado de milho estão sendo discutidos pela Expedição Milho Brasil 2013. Idealizado pelo Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo em parceria com a consultoria INTL FCStone e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o projeto conta com o apoio do Sicredi, Montana e Perfipar. Técnicos e jornalistas pecorreram cinco estados e o resultado da sondagem pode ser acompanhado em www.agrogp.com.br.

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