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Na próxima década, o escoamento da produção de grãos que depende da BR-376 deve ser 24% mais rápido até o Porto de Paranaguá. Esperadas ansiosamente pelo agronegócio, as obras de duplicação de 231 quilômetros da Rodovia do Café, ligando Apucarana, no Norte do Paraná, até Ponta Grossa, começam a andar.

A rodovia é utilizada para o transporte de commodities, principalmente milho e soja produzidos no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Atende ainda, em parcela menor, Goiás, São Paulo e o vizinho Paraguai, que escoam parte da colheita pelo Paraná.

A duplicação, considerando o calendário de obras da concessionária CCR Rodonorte, foi antecipado. O contrato de concessão previa o início da obra apenas em 2015. A mudança atende a uma demanda do setor produtivo, já que a lentidão no trecho encarece os custos do setor. A previsão de que o tempo de viagem será reduzido em 24% é da própria CCR Rodonorte.

“A duplicação é um pedido antigo da sociedade. Como [a rodovia] é o principal caminho de escoamento da safra brasileira, aumentará a agilidade no transporte de grãos. O fluxo de caminhões também deve aumentar futuramente”, afirma Claudio Soares, diretor da concessionária. Conforme a empresa, 3,8 mil caminhões carregados com milho e soja passam todos os dias pela praça de pedágio em Ponta Grossa.

Apesar de não fazer parte do traçado de 231 quilômetros, a primeira parte da obra começou no final de 2013, considera a concessionária. Trata-se da duplicação do contorno de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Essa duplicação de 7 quilômetros deve estar pronta em maio.

Paralelamente, a construção de uma segunda pista em 11 quilômetros (entre os km 465 e 476) a partir do Trevo do Caetano, em Ponta Grossa, sentido Apucarana, também está em andamento. A nova faixa, com 7,2 metros de largura, será separada da atual por um canteiro central de 9 metros. O projeto ainda inclui a construção de dois viadutos sobre a rede ferroviária, quatro retornos e correção horizontal e vertical de curvas. Pouco à frente deste ponto (km 461), será refeita a ponte sobre o Rio Tibagi. O prazo para conclusão desse pacote é de 15 meses.

Ainda não há calendário para as próximas obras na rodovia. Segundo Soares, uma comissão definirá o cronograma de trabalho conforme o volume de tráfego. “As prioridades são definidas com base no maior número de carros. Podemos fazer outra região e depois voltar. O próximo trecho aprovado, por exemplo, sai de Apucarana em direção a Ponta Grossa.”

R$ 1 bilhão será investido na duplicação dos 231 quilômetros da BR-376 ao longo de sete anos. O recurso é próprio, ou seja, proveniente dos pedágios cobrados ao longo da rodovia.

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