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Presidente da Sociedade Rural do Paraná diz que é preciso investir para chamar público. |
Presidente da Sociedade Rural do Paraná diz que é preciso investir para chamar público.| Foto:

Enquanto a economia brasileira patina para escapar de um cenário de retração, o agronegócio parece caminhar por outros trilhos. No ano passado, por exemplo, mesmo diante de adversidades climáticas, a movimentação financeira da ExpoLondrina cresceu 5,5%, alcançando R$ 424,65 milhões. Para 2015, a expectativa é pelo menos manter o volume de negócios.

A feira funciona como uma espécie de vitrine para que o setor consiga mostrar força e buscar mais investimentos. Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Moacir Sgarioni, os R$ 180 bilhões de crédito anunciados no último Plano Safra, em maio do ano passado, já não dão mais conta de cobrir as despesas de custeio e investimento dos produtores.

Isto porque, com o dólar em disparada, ainda que faça a soja ganhar no quesito exportação, eleva os custos de produção. “O Brasil importa muitos fertilizantes, somos o quarto maior consumidor de adubo do mundo, e o governo parou de investir na possibilidade de explorar fertilizantes daqui”, afirma Sgarioni. Para 2015, o setor pleiteia R$ 207 bilhões junto ao governo federal. O desafio neste ano é fazer com que essa afeição pelo campo leve o público a tirar a carteira do bolso. Com a inflação em disparada e quase tudo mais caro ultimamente, a tendência é de que as pessoas se segurem um pouco mais na hora de gastar. Para isso, a receita de Sgarioni é exatamente o oposto: investir.

“Em um momento assim, você tem que chamar o público. Para isso, investimos, por exemplo, R$ 400 mil a mais na grade de shows e rodeios”, cita o presidente. O ingresso para o show principal, que antes custava R$ 35 antecipado ou R$ 70 na hora, hoje sai R$ 25 e R$ 50, respectivamente. “Desde que assumimos, em 2013, estamos mantendo o preço dos shows e a entrada para feira em R$ 10 em dias normais e R$ 12 nos fins de semana, com direito a meia entrada. É uma forma de dar ao pai a chance de trazer o filho para exposição”, completa Sgarioni.

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