De olho nos consumidores que estão entre os mais de 400 mil visitantes da ExpoLondrina, as concessionárias de carros de passeio e de luxo entraram de vez na feira e disputam espaço com revendedoras de máquinas agrícolas no Parque Ney Braga.
Desde o ano passado, a Sociedade Rural do Paraná (SRP), promotora da ExpoLondrina, realoca a tradicional feira de variedades que ocupava o Pavilhão Nacional para dar espaço aos veículos de passeio. Com mais de 2 mil metros quadrados, o pavilhão fica repleto de carros de luxo.
O faturamento com as vendas de carros tende a passar de R$ 40 milhões neste ano. O presidente da Rural, Moacir Sgarioni, observa que há um perfil de consumidor que prefere comprar carro em feiras. “Eles aguardam novidades e condições especiais.” Para esta edição, SRP negociou com 11 marcas de automóveis.
Diretor-presidente do Grupo Tropical (que oferece as marcas Ford, Nissan e Sino Truck), Job Terrin conta que, em fevereiro, houve retração das vendas na concessionária porque as pessoas deixam para comprar na ExpoLondrina.” Ele espera aumento de 40% a 50% nos negócios na feira. Como os carros saem faturados direto da fábrica, os preços são realmente menores, explica.
A Metronorte, concessionária da GM, espera aumento de 20% nas vendas. “Participamos da exposição para fazer negócios, e não apenas para mostrar os produtos”, afirma o diretor, Waldir de Rezende Filho. Para atrair os consumidores, a estratégia é apresentar lançamentos e importados como o Camaro, de R$ 200 mil.
Máquinas agrícolas pedem passagem
O espaço tradicional que as máquinas agrícolas ocupam na ExpoLondrina não é mais suficiente para atender ao setor. A Sociedade Rural do Paraná (SRP) informa estar oferecendo lotes alternativos no Parque Ney Braga para não deixar de atender novos clientes. Entre eles, estão inclusive expositores de máquinas pesadas, como retroescavadeiras e pás-carregadeiras.
Diretor comercial da New Agro, revenda da marca New Holland em Maringá que expõe desde 1999, Régis Edson Mazzaro considera que a feira funciona como um centro de negócios diretos e, ao mesmo tempo, uma vitrine de divulgação. “Reúne produtores rurais de várias regiões e também agentes financeiros que montam seus estandes. Isso agiliza as vendas.” As novidades deste ano serão colheitadeiras gigantes e tratores potentes, de 200 cavalos, conta.
O gerente geral da Horizon, revenda da marca John Deere em Londrina, Martin Stremlow, afirma que a ExpoLondrina é essencialmente uma vitrine de máquinas agrícolas. “A nossa participação é uma ação de marketing . Clientes de todo o Norte do Paraná vêm à ExpoLondrina.” O que o consumidor quer são preços e condições promocionais, avalia. As promoções são mantidas em segredo até a feira, mas o executivo confirma que sai mais barato esperar para comprar máquinas agrícolas no evento.
R$ 40 milhões em vendas a clientes fisgados na ExpoLondrina dão às lojas de carros e motos um terço do faturamento total do setor de veículos, que inclui as máquinas agrícolas.
Conanda aprova resolução pró-aborto sem previsão de orientação para opção por adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos