Num momento em que as principais feiras do país assumem a missão de expor o agronegócio para o grande público, a ExpoLondrina se diferencia por conseguir atrair 500 mil pessoas ao Parque Ney Braga, índice só comparado ao da Expointer, realizada em Esteio (RS). Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, a popularidade é uma marca cultural da exposição. A população toma conta do parque Ney Braga e faz o evento.
Como a SRP mantém esse público?
Nem todas as exposições tem essa cultura de passar informações e atrair o grande público. Temos mais de 20 mil crianças de escolas municipais e estaduais que visitam a feira gratuitamente. E temos a Fazendinha, os eventos técnicos. É, verdadeiramente, uma grande exposição do que é o agronegócio.
Há dois anos, a tentativa de transformar a ExpoLondrina em feira oficial do Paraná teve resistência de outros municípios. É assunto superado?
Sou sócio e diretor da Sociedade Rural de Maringá. A relação é excelente com todas as cidades. Para ter uma feira do Paraná, ela deveria ser itinerante. Seria mais simpático com todo mundo. Mas aí esbarramos em falta de estrutura e de recursos. É uma boa ideia que acabou não sendo implementada.
Como anda o campo refletido na feira?
O mundo terá 9 bilhões de habitantes em 2020 e a produção mundial de alimentos terá que crescer perto de 70% para alimentar essas pessoas. O Brasil continuará sendo o grande celeiro do mundo, mas temos que investir em infraestrutura. O Brasil não investe nem um décimo do que a China investe. Temos que repensar essa conta.
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