O aumento recente – e significativo – do preço da carne bovina está deixando o corte preferido do churrasco de fim de semana com um gosto salgado. Uma pesquisa rápida em açougues e supermercados de Curitiba mostra que é difícil encontrar o quilo da picanha por menos de R$ 70. E, dependendo da qualidade da carne, o preço pode ser ainda maior.
Estaria a picanha se tornando presença VIP na churrasqueira? Para Fábio Nuceti, dono de uma casa de carnes na capital, a resposta é não. “O que nós temos percebido hoje em dia é que o brasileiro, muitas vezes, está abrindo mão da quantidade pela qualidade”, explica. No açougue de Nuceti, que funciona há oito anos e trabalha exclusivamente com a raça Angus, o quilo chega a R$ 89,90 – valor suficiente para levar, por exemplo, três quilos de contra-filé. Um churrasco só de picanha para um grupo pequeno, de seis pessoas, sairia R$ 270 no total.
Mas há opções ainda mais salgadas. Um único quilo de picanha da raça de Wagyu, origem japonesa, alcança exorbitantes R$ 134,90. “É um gado alimentado com cevada, que recebe massagem, o tratamento é especial. Ele tem o máximo de marmoreio, que é gordura entremeada nas fibras, que é o que dá o sabor e a maciez”, justifica o empresário. Além disso, todos os cortes são rastreados, o que, segundo Nuceti, aumenta a confiança do consumidor.
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