16 temas
divididos entre painéis simultâneos e grandes conferências serão abordados nos dois dias do Fórum de Agricultura. Mais de 30 palestrantes irão debater assuntos como economia mundial, ciclos de commodities, agricultura familiar, integração dos mercados, energia renovável, entre outros.
+10 países
Ouvintes e conferencistas confirmados no Fórum vêm de vários continentes e países, como Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Estados Unidos, China e Europa, além do Brasil. Objetivo é a troca de experiência em relação a um agronegócio atual, moderno e globalizado, com diversos pontos de vista.
46%
das receitas das vendas externas do Brasil no primeiro semestre de 2015 tiveram origem no agronegócio, segundo o Mapa. Além disso, neste ano, seis dos dez principais itens da pauta de exportação brasileira são agropecuários. Números que comprovam a força do setor na economia local.
A dinâmica global vem dando provas da importância do agronegócio para o desenvolvimento econômico. O crescente apetite de países como a China – que alcança 1,38 bilhão de consumidores e segue em expansão – eleva o peso do setor em nações emergentes exportadoras de alimentos como Brasil e Argentina.
Num momento em que nenhuma oportunidade pode ser dispensada, a América do Sul toma consciência de seu potencial produtivo e realinha suas estratégias. Entender o comportamento dos mercados, se aproximar do consumidor e aprimorar relações internacionais são algumas das direções para os países da região ampliarem sua relevância no comércio internacional.
Esse é o foco principal do Fórum de Agricultura da América do Sul, evento internacional que o Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo promove nos próximos dias 12 e 13, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Em sua terceira edição, o evento mobiliza representantes de mais de 10 países para discutir os rumos do setor em âmbito global, a partir da perspectiva sul-americana.
Os números confirmam intensa atividade agropecuária na região. A produção agropecuária das nações sul-americanas totaliza 310 milhões toneladas de grãos (milho, soja e trigo) e 37,7 milhões toneladas de carnes (bovina, suína e de frango). Isso garante uma participação de 30% no mercado mundial de grãos e de 28% nas trocas globais de proteína animal, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).
Os desafios do agronegócio na América do Sul vêm à tona com a constatação de que toda essa produção é possível graças a uma minoria que ainda permanece no campo. Considerando os quatro maiores produtores de soja do bloco – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai –, a população rural se limita a 14% do total. Ou seja, 86% se concentram na zona urbana. Esses contrastes mostram a crescente importância das cidades dentro desse debate, justificando o tema “Sociedade Urbana, Economia Rural”.
“Brasil ainda não atende na plenitude o seu potencial”
Economia rural ainda é sinônimo de economia não industrializada?O agronegócio vem salvando as contas externas do Brasil. Para atender essa demanda só é possível com processos industriais e tecnologia e sofisticação permeadas em toda a cadeia. O agronegócio já é industrial há tempos. A demanda por soja da China tem determinado o perfil do agronegóci
Leia a matéria completa“A América do Sul assume um grande desafio, de atender a demanda global por alimentos e bioenergia. Tem cumprido o papel, mas precisa de um modelo mais dinâmico e flexível que acompanhe o comércio internacional”, contextualiza Giovani Ferreira, coordenador do evento e do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo.
Diante desse cenário, é preciso buscar um crescimento ordenado da produção. A expectativa é que a produção de oleaginosas dos quatro ‘gigantes’ do bloco chegue a 192 milhões de toneladas até 2024, projeta a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Com isso, o grupo terá sua participação na oferta global ampliada de 34,9% para 37,2%.
Brasil e Argentina planejam ampliar a produção, só de soja, para além de 125 milhões e 60 milhões de t, respectivamente. Com isso, daqui dez anos, os dois países poderão exportar 50% mais, passando de 80 milhões de t.
“O Brasil e a Argentina são grandes modelos, pois têm boa produtividade e exportam mais da metade da produção. E ainda possuem muitas terras disponíveis e conhecimentos tecnológicos para continuar influenciando a agricultura”, destaca Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil. “Mesmo com a redução do ritmo de crescimento de alguns consumidores globais, como a China, não teremos grande redução na demanda”, complementa.
Para o economista argentino Guillermo Rossi, da Bolsa de Comércio de Rosário, que será um dos palestrantes do Fórum, as nações da América do Sul devem ampliar atuação a outras regiões do globo. “O lugar para colocar os produtos não é só a China. Pense na Europa e Ásia para óleos vegetais e farelo de soja. Sudeste da Ásia (Indonésia, Tailândia e Vietnã) tem um enorme potencial para os próximos anos, pois a taxa de crescimento avança mais que na China. Além disso, alguns países estão abrindo os sistemas políticos, o que poderá gerar um boom de investimento nos próximos anos”, destaca.
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