Na busca pela eficiência dos corredores logísticos, pelo melhor modal de transporte e redução de custos, os países sul-americanos estão em constante procura por novas rotas de escoamento para suas produções agropecuárias. Durante o 3º Fórum de Agricultura da América do Sul (Agricultural Outlook Forum 2015), que acontecerá nos dias 12 e 13 de novembro, em Curitiba (PR), especialistas e autoridades do bloco vão discutir, em um dos painéis do evento, essa infraestrutura como diferencial competitivo à produção e à exportação para o agronegócio.
“A ideia é debater novos projetos – recém-concluídos, em conclusão ou em planejamento – que estão mudando o mapa de escoamento da produção agropecuária. E mais do que isso, queremos discutir a questão de maneira mais ampla, abordando a América do Sul como um todo. Para isso, vamos mostrar soluções como a encontrada pelo Paraguai, que, para dar vazão à sua crescente produção de soja, recorre à Argentina pelos rios Paraguai e Paraná”, explica Giovani Ferreira, coordenador do evento e do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo.
No Brasil, por exemplo, destaca-se o crescimento dos portos do Arco Norte. “Essa ascensão começou realmente quando a fronteira agrícola do Centro-Oeste ganhou volume. O que exigiu que buscássemos alternativas. Esses portos ainda possuem baixa ocupação e quando você conecta a possibilidade do transporte multimodal com portos ainda não saturados e mais próximos do seu mercado, a combinação é perfeita”, analisa o professor doutor Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, um dos palestrantes do painel.
Resende é doutor em Planejamento de Transportes e Logística, pela University of Illinois at Urbana Champaign (EUA,) e mestre em Planejamento e Engenharia de Transportes, pela Memphis State University, Tennessee (EUA). Além dele, participará do painel, nomeado “Novas rotas na geopolítica de integração regional”, o especialista Javier Gimenez, diretor comercial da South American River Company (Sarcom), companhia logística portuária do Paraguai.
De acordo com Resende, “os maiores questionamentos dos debates serão por que o baixo número de investimentos em infraestrutura na América Latina, por que ainda não trabalhamos a conexão logística latino-americana e finalmente por que nós não aceleramos a participação privada nos projetos de infraestrutura”, adianta o especialista.
Inscrições
O evento já está com as inscrições abertas para a edição deste ano, que terá como fio condutor dos debates o tema “Sociedade Urbana, Economia Rural”. Os interessados devem acessar o site oficial do fórum (agrooutlook.com.br). O pacote completo inclui entrada para os dois dias, dois almoços, um jantar e coffee breaks.
Serviço
3° Fórum de Agricultura da América do Sul – Agricultural Outlook Forum 2015
Data: 12 e 13 de novembro de 2015
Local: Museu Oscar Niemeyer – Curitiba (PR) – Brasil
Mais informações: agrooutlook.com.br
Sobre o Fórum de Agricultura da América do Sul
O 3º Fórum de Agricultura da América do Sul (Agricultural Outlook Forum 2015) é uma realização do Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP), plataforma de conteúdo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), sediado em Curitiba, no Paraná, Região Sul do Brasil. Focado em soluções de mídia e comunicação para a promoção do setor, da América do Sul à América do Norte, Ásia, África e Europa, o AgroGP se apresenta como como um dos elos da cadeia produtiva do agronegócio, essencial ao desenvolvimento sustentável e ordenado da atividade.
O projeto piloto do Fórum foi realizado em 2013, fruto de uma aliança estratégica entre o AgroGP e o Conselho Agropecuário do Sul (CAS) – conselho de ministros que reúne os ministérios da Agricultura de seis países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. A 1ª edição do evento levou para Foz do Iguaçu mais de 500 participantes e 30 palestrantes de dez países para discutir os desafios e oportunidade do novo ciclo de expansão da produção mundial de grãos.
Em 2014, a partir do tema “Inovação e Sustentabilidade no Campo”, os debates passaram a discutir a América do Sul enquanto bloco, apontando caminhos para manter a competitividade em um mundo globalizado e fortalecer o posicionamento da região como o grande player do lado da oferta.
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