Cascavel (PR) - A retração projetada por diversos setores da economia brasileira não deve se instalar no agronegócio em 2015. Apesar de o ano ainda estar começando, o setor projeta crescimento, mesmo que modesto. O otimismo está calçado na expectativa de boa safra no país – as primeiras colheitas registram produtividade acima da média, apenas com perdas pontuais - e na desvalorização do real diante ao dólar, fato que garante negócios rentáveis.
“A crise econômica não irá refletir na agricultura. O cenário não é o mesmo de 2012, 2013 e parte de 2014, mas mesmo assim existe a possibilidade de um bom ano”, acredita o secretário estadual de agricultura e abastecimento, Norberto Ortigara.
Diante da retração de 17,4% nas vendas em 2014 em relação ao exercício anterior, o segmento de máquinas agrícolas prega cautela. As primeiras projeções apontam para a estabilidade, principalmente porque o produtor está aguardando a definição das medidas macroeconômicas do governo federal para definir novos investimentos.
“O agricultor está capitalizado, mas temeroso, principalmente no Centro-Sul. Acredito que 2015 tende a ser na mesma faixa do ano passado”, ressalta o diretor comercial Brasil da New Holland, Alexandre Blasi.
Na temporada passada, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 55.623 tratores e 6.330 colheitadeiras foram comercializadas.
Otimismo
Apesar do cenário de dúvidas, algumas empresas trabalham com crescimento em seus planos estratégicos. A sul-coreana LS Tractor, há quase dois anos no país, projeta crescimento de 25% nas vendas. No ano passado, a marca comercializou as 2 mil unidades de tratores produzidos na fábrica de Guaruva, no estado de Santa Catarina.
“O ano pode ser de queda no setor. Mas como somos um marca de entrada e trabalhamos com mercados estáveis como da pecuária e agricultura familiar, acreditamos no crescimento”, contextualiza Ronaldo Pereira, gerente nacional de vendas.
O setor de crédito também prevê aumento na tomada de empréstimos, tanto que elevou suas projeções de dinheiro disponível. O Sicredi colocou R$ 100 milhões à disposição dos agricultores que quiserem fechar negócios durante os cinco dias de realização da feira Show Rural Coopavel, que começou ontem, em Cascavel. Na edição passada, o valor foi R$ 80 milhões.
“Nós não somamos a onde de terra arrasada. Não existe euforia, mas acreditamos no incremento de operações”, afirma Manfred Dasenbrock, presidente da Central Sicredi para os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
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