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Tecnologia contida nas sementes , que amplia o interesse do produtor, evolui no controle de pragas e na reação ao estresse hídrico | Hedeson Alves/gazeta Do Povo
Tecnologia contida nas sementes , que amplia o interesse do produtor, evolui no controle de pragas e na reação ao estresse hídrico| Foto: Hedeson Alves/gazeta Do Povo

As tecnologias disponíveis têm potencial para 4 mil quilos por hectare de soja, mostram picos de mais de 5 mil quilos alcançados em fazendas que são modelos de produção. No entanto, as inovações se difundem somente quando os produtores constatam chance de elevar renda e garantir sustentabilidade financeira à agricultura.

“Com os novos avanços em genética e no sistema de produção, é possível manter crescimento de uma saca e meia por hectare a cada temporada”, aponta o assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Robson Mafioletti.

“Mas o incremento na produtividade tem que vir com sustentabilidade. De nada adianta aumentar a quantidade de grãos por hectare se isso significar custos de produção cada vez maiores. O resultado final tem que trazer ganho financeiro para o produtor”, detalha.

Para o pesquisador da Embrapa Soja Amélio Dall’Agnol, esse avanço na produtividade está relacionado à evolução de diversos fatores. “O refinamento no uso de pacotes tecnológicos mudou a forma de se fazer agricultura”, observa.

Ele destaca tratar-se de uma série de mudanças, que funcionam em conjunto. “Se pegarmos a [semente de] soja de trinta anos atrás e adotarmos o manejo de hoje, é capaz de render como há três décadas”, supõe.

Dentre as novidades disponíveis no mercado, as variedades de sementes mais resistentes a estresses hídricos estão no topo do ranking de interesse dos produtores, conforme os especialistas. Isso por que o clima tem se mostrado indefinido nas últimas temporadas, com quebras em importantes regiões produtoras do país, como Paraná e Mato Grosso.

“As condições climáticas adversas dificultam cada vez mais as previsões do clima. Como isso influencia muito a safra, sementes resistentes à seca dão segurança aos produtores”, aponta Orley Jair Lopes, engenheiro agrônomo e integrante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR).

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