O emaranhado de projeções sobre a renda do agronegócio em 2015 indica alta na arrecadação bruta do setor, mesmo no caso da soja, cujas cotações estão sob pressão no mercado internacional. A contradição deve-se ao fato de que o valor por tonelada cai, mas o crescimento na produção compensa esse recuo com folga, aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Paraná se tornou o caso mais expressivo dessa tendência de dupla face. Como a colheita está avançando de 14 milhões para 17 milhões de toneladas, as primeiras projeções do Valor Bruto da Produção (VBP) dizem que o setor produtivo vai arrecadar 12,3% mais com o grão, algo próximo dos R$ 16,2 bilhões. Porém, segundo o Mapa, a queda no valor por tonelada deve ser de 3,65%, de R$ 980 para R$ 945, em todo o país.
Como não há alta expressiva nas cotações de outros grãos, a oleaginosa deve continuar representando 30% da renda da agricultura no país e cerca de 43% no estado.
O VBP da agricultura do Paraná caiu 8,8% no Paraná e 1,8% no Brasil, de acordo com os números oficiais. E a reação na renda da soja dão esperança de índice positivo em 2015.
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36,9 milhões de toneladas de grãos estão sendo produzidas no Paraná em 2014/15, volume 1 milhão acima do registrado na temporada passada. A projeção considera estabilidade na área do milho de inverno, além de recuperação com incremento na produção de soja, que deve passar de 17 milhões de toneladas depois de um ano de quebra climática. A oleaginosa deve responder por 45% do volume e 43% da renda da agricultura estadual em 2015.
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