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Concentrada na região de Toledo, criação de suínos rende R$ 1,9 bilhão no Paraná | Josua© Teixeira/gazeta Do Povo
Concentrada na região de Toledo, criação de suínos rende R$ 1,9 bilhão no Paraná| Foto: Josua© Teixeira/gazeta Do Povo

Dois números do governo federal revelam que está acontecendo uma reacomodação no ranking dos setores e das regiões que mais faturam com o agronegócio no Paraná: o avanço de 11,3% no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária estimado para 2013 e o crescimento de 7,5% previsto para 2014. Esses índices, aplicados ao estado, refletem expansão linear na agricultura (que está registrando duas safras recordes consecutivas) e na pecuária. Esse quadro contrasta com os sobressaltos de 2012, quando o saldo de R$ 54 bilhões, valor 1% acima do referente a 2011, escondeu oscilações decisivas para a economia paranaense.

Os números de 2012 deram a liderança estadual no VBP agropecuário a Castro e região. Agora a tendência é que Toledo e região, rebaixados pela seca que afetou as lavouras de soja e milho de 2011/12, recuperem espaço, aponta Carlos Hugo Godinho, agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná. Os números de 2013 e 2014 ainda serão consolidados, adverte.

Quem manda?

Na medição de forças entre a região de Castro e a de Toledo, a batalha, na verdade, acontece entre a suinocultura e a pecuária leiteira – especialidades regionais. A criação de suínos se tornou mais importante que a soja, tradicional líder na composição do VBP toledense. Assim, as variações relacionadas ao grão acabam sendo provisórias.

O suíno de corte passou de 17% para 27% do VBP em uma década (2003-2012) em Toledo. A soja, que era líder e detinha 21%, caiu para 14% (2011) e 6% (2012, ano da quebra climática), mostram os números do Deral. Em Castro, a soja também caiu, de 30% para 20%, enquanto o leite evoluiu de 8% para 15% e o frango, de 3% para 12%.

A carne e o leite sustentaram os faturamentos municipais em R$ 1,13 bilhão em Castro e R$ 1,09 bilhão em Toledo em 2012. Como a soja tende a voltar para o patamar de 13% no VBP do município do Oeste, o retorno da região à liderança é dado como certo. Castro não teve seca naquela época e a oleaginosa manteve-se forte. A safra de grãos 2013/14, que promete ser recorde em todo o estado, prorroga a liderança de Toledo, apontam os dados do Deral.

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