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Congresso

Evento debate a citricultura mundial no Paraná

Área de descanso no International Citrus Congress, que ocorre em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná | Divulgação/
Área de descanso no International Citrus Congress, que ocorre em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná (Foto: Divulgação/)

Após 32 anos, o Brasil voltou a sediar o Internacional Citrus Congress, que começou no último dia 18 e segue até esta sexta-feira (23), em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná. O evento, maior do setor no mundo, reúne 1,5 mil participantes de mais de 21 países. Neste ano, a organização ficou a cargo do Instituto Agronômico (IAC) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A programação faz uma viagem por todos os segmentos do setor da citricultura. Como um desses temas está o das mudanças climáticas e seus efeitos na citricultura. Nas palestras, segundo informou a organização do evento, estiveram em debate as consequências do impacto direto que o aquecimento global tem na produção de citrus: a redução da produção e frutos de menor qualidade.

Os palestrantes citaram que o aumento nas temperaturas tem causado problemas principalmente em áreas tradicionalmente produtoras de citrus. A saída apontada por eles é que “no futuro possivelmente teremos que selecionar para as culturas de citrus outras áreas geográficas que sejam menos influenciáveis pelas mudanças climáticas.”

Irrigação e genética

A irrigação nas lavouras de cítricos também ganhou espaço nas discussões. Uma das principais novidades comentadas no evento é o DRIS (Sistema Integrado de Diagnóstico e Recomendação), que monitora a nutrição e a saúde da planta através das folhas. A técnica já é usada em outros lugares do mundo, mas o que preocupa para o futuro, de acordo com os participantes, é a possibilidade de haver escassez de água e que os governos precisam estar atentos a isso para incentivar investimentos nessa área.

Sobre melhoramentos genéticos, o congresso aponta nesse assunto a principal aposta para desenvolver variedades mais resistentes e controlar doenças. O Greening (HLB – Huanglongbing), uma das mais temidas, pode ser combatido com a mudança da estrutura genética do próprio fruto, segundo um dos palestrantes, o pesquisador Leandro Peña, da Fundecitrus. De acordo com ele, estudos que analisam folhas de laranja para crias plantas repelentes ao causador da doença estão em andamento.

Serviço

Para saber de mais informações sobre o congresso, acesse: http://www.icc2016.com/

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