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A equipe do projeto Expedição Agricultura Familiar está percorrendo o estado do Paraná nesta semana. Ao longo dos três mil quilômetros da viagem, os integrantes identificaram novas cadeias de negócios que estão se estruturando no estado. No munício de Rio Azul, na região Centro-Sul, pequenos produtores cultivam amora e framboesa, que depois viram geleias, sucos e outros doces.
Expedição Agricultura Familiar inicia viagem pelo Paraná pela região Centro-Sul, onde descendentes de poloneses, ucranianos e alemães buscam novas alternativas de renda. Milho, soja, feijão e tabaco dividem espaço com hortaliças e frutas.
As famílias buscam viabilidade como forma de garantirem futuro aos filhos que decidirem ficar no campo. Em nome da sustentabilidade familiar, mudam de atividades e se arriscam na incerteza característica da atividade rural.
Culturas como a amora são redescobertas enquanto alternativa de renda em Rio Azul, na propriedade da família Gurski, que se especializou em frutas vermelhas, apontadas como fonte de juventude, e tem até indústria de sucos.
A framboesa (foto) é confundida com amora, mas tem vermelho vivo e interior oco. Na dúvida, o sabor é que faz a diferença.
O casal Maria e Guilherme Gurski com o filho Luiz Sérgio (esquerda) e o neto Sávio Adriano (direita). Suco em casa é o que não falta. Família vive no interior de Rio Azul e produz 10 toneladas de frutas vermelhas por ano, principalmente para produção de polpa.
Guilherme Gurski já produziu milho, soja, trigo, cevada, batata e hoje vive do cultivo de frutas. “Agora me sinto realizado”, afirma, aos 75 anos.
Mães, agricultoras, empreendedoras... mulheres como Maria Gurski mostram que o campo muitas vezes só é viável quando não há descanso.
Andréa Cristina Dessanoski Golemba conta que mistura de famílias polonesas com ucranianas se estampa nos traços e na cor dos olhos da agricultura familair do Centro-Sul do Paraná.
Em dia de visita da Expedição Agricultura Familiar na propriedade, Márcio Mariano Golemba mostra para os filhos Felipe e Amanda que é necessário arrancar parte dos pêssegos ainda verdes para que os demais se desenvolvam melhor.
Felipe Golemba fica mais à vontade correndo com os pés descalços na propriedade da família. Contato com a terra e os bichos faz parte de sua diversão.
Cavalos e leitões vivem soltos em pequenas propriedades a 150 quilômetros de Curitiba. Animais não se espalham porque andam em grupos e são bem alimentados por seus donos.
Produção de alimentos para subsistência persiste, barateando o custo de vida e perpetuando tradições.
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