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novo destino

Travessia no Vale do São Francisco

Expedição vivencia rotina do campo. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Expedição vivencia rotina do campo. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A estruturação da agricultura familiar enquanto modelo produtivo exige investimentos, mas oferece benefícios econômicos de longo prazo. Esse é o cenário que a Expedição Agricultura Familiar, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo, vai detalhar a partir desta semana em viagem pelo Vale do São Francisco, no Nordeste do país.

O rio nasce já com força em Minas Gerais e chega ao Atlântico depois de passar por Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Dois terços das águas se juntam antes de a correnteza passar pelo semiárido brasileiro – a maior parte dos 521 municípios banhados pelo Velho Chico está nessa imensa região seca. Esse fator amplia sua importância para a agricultura irrigada.

São 2.863 quilômetros da Serra da Canastra até a foz, em Piaçabuçu (AL), num vale onde vivem 18 milhões de pessoas, 3,7 milhões na zona rural, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Justamente para essa população que o rio vem trazendo mais transformações nas últimas quatro décadas.

Conforme o Plano Diretor para o Desenvolvimento do Vale do São Francisco, os solos da região aptos à agricultura irrigada somam 30 milhões de hectares. Hoje há 25 projetos de irrigação, conforme a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Eles somam 120 mil hectares.

Desde a década 1970, os investimentos em projetos ligados à produção de alimentos, que envolvem principalmente a agricultura familiar, somam cerca de US$ 1 bilhão, informa a Codevasf. A produção atual, no entanto, rende US$ 500 milhões ao ano, calcula a companhia. A criação de 495 mil empregos é atribuída ao cultivo de frutas, que incluem banana, goiaba, graviola, manga, maracujá, melão e uva, boa parte direcionada à exportação.

Na estrada

A Expedição Agricultura Familiar vai visitar o principal projeto de irrigação do Vale do São Francisco, na região de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Será o mais extenso dos roteiros do projeto, com 6,5 mil quilômetros de estradas.

Até o retorno a Curitiba, em duas semanas de viagem, os expedicionários vão documentar ainda a produção de cacau, no Sul da Bahia, bem como a de café e a de queijo, no Sul de Minas Gerais. Nas últimas quatro semanas, as viagens de duas equipes somaram 11 mil quilômetros. Ao todo, serão percorridos mais de 17 mil quilômetros.

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