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Expedição vivencia rotina do campo. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Expedição vivencia rotina do campo.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A estruturação da agricultura familiar enquanto modelo produtivo exige investimentos, mas oferece benefícios econômicos de longo prazo. Esse é o cenário que a Expedição Agricultura Familiar, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo, vai detalhar a partir desta semana em viagem pelo Vale do São Francisco, no Nordeste do país.

Expedição participa do maior evento agrofamiliar do Nordeste

O quinto seminário da Expedição Agricultura Familiar fará parte do maior evento do setor no Nordeste do país. Na sexta-feira (23), às 9 horas, em Petrolina (PE), o projeto do Agronegócio Gazeta do Povo abre discussão sobre “Os Desafios da Agricultura Familiar no Século XXI” na Feira Semiárido Show 2015, que espera atrair 20 mil pessoas.

As quatro primeiras edições do seminário foram realizadas em Porto Alegre (RS), Chapecó (SC), Francisco Beltrão (PR) e Campo Grande (MS). O evento atrai principalmente lideranças e agentes da extensão rural, com abordagem sobre o perfil do setor, políticas públicas e potencial de expansão e desenvolvimento.

O seminário na cidade pernambucana inclui um sétimo estado no projeto, para abordagem mais completa da produção de frutas no Vale do São Francisco. O levantamento de dados vai resultar em um documentário, um relatório técnico e reportagens, num trabalho multimídia inédito que retrata a produção de 20 cadeias de alimentos a partir de pequenas propriedades. (JR)

O rio nasce já com força em Minas Gerais e chega ao Atlântico depois de passar por Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Dois terços das águas se juntam antes de a correnteza passar pelo semiárido brasileiro – a maior parte dos 521 municípios banhados pelo Velho Chico está nessa imensa região seca. Esse fator amplia sua importância para a agricultura irrigada.

São 2.863 quilômetros da Serra da Canastra até a foz, em Piaçabuçu (AL), num vale onde vivem 18 milhões de pessoas, 3,7 milhões na zona rural, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Justamente para essa população que o rio vem trazendo mais transformações nas últimas quatro décadas.

Conforme o Plano Diretor para o Desenvolvimento do Vale do São Francisco, os solos da região aptos à agricultura irrigada somam 30 milhões de hectares. Hoje há 25 projetos de irrigação, conforme a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Eles somam 120 mil hectares.

Desde a década 1970, os investimentos em projetos ligados à produção de alimentos, que envolvem principalmente a agricultura familiar, somam cerca de US$ 1 bilhão, informa a Codevasf. A produção atual, no entanto, rende US$ 500 milhões ao ano, calcula a companhia. A criação de 495 mil empregos é atribuída ao cultivo de frutas, que incluem banana, goiaba, graviola, manga, maracujá, melão e uva, boa parte direcionada à exportação.

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A Expedição Agricultura Familiar vai visitar o principal projeto de irrigação do Vale do São Francisco, na região de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Será o mais extenso dos roteiros do projeto, com 6,5 mil quilômetros de estradas.

Até o retorno a Curitiba, em duas semanas de viagem, os expedicionários vão documentar ainda a produção de cacau, no Sul da Bahia, bem como a de café e a de queijo, no Sul de Minas Gerais. Nas últimas quatro semanas, as viagens de duas equipes somaram 11 mil quilômetros. Ao todo, serão percorridos mais de 17 mil quilômetros.

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