O primeiro dos seis seminário que a Expedição Agricultura Familiar realiza até o fim de outubro levou representantes do setor ao auditório da Epagri de Chapecó, capital do agronegócio de Santa Catarina, nesta quinta-feira pela manhã. Os palestrantes traçaram um perfil do setor e apontaram desafios que vão do reconhecimento político às mudanças culturais.
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O coordenador da Expedição Agricultura Familiar, Giovani Ferreira, mostrou a força do setor enquanto principal responsável pela produção de alimentos e parte indissociável do agronegócio brasileiro.
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A representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Luci Choinaki, disse que o crédito, como promotor de desenvolvimento rural, ajuda a colocar a agricultura familiar em seu devido lugar. Em sua avaliação, “a agricultura familiar tem suma importância econômica, social e aparece muito pouco”.
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Clovis Dorigon, mestre em Desenvolvimento, Sociedade e Agricultura da Epagri -- a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina -- disse que mudanças culturais se tornaram decisivas para a permanência dos jovens no campo. Da concepção de que “o trabalho adoça a vida”, passou-se para a visão de que “o trabalho estraga o corpo”, abordou. Em sua avaliação, melhores condições de vida e acesso a serviços urbanos são decisivos para a sucessão rural
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O ex-secretário nacional da Agricultura Familiar e consultor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Valter Bianchini, disse que, para uma abordagem adequada do tema agricultura familiar, a concepção de agronegócio enquanto modelo excludente precisa avançar para o conceito de “negócios da agricultura”. “Estamos falando de negócios de 1,2 a 1,3 trilhão de reais.”
