![Caminho traçado para a rentabilidade A organização de uma nova cadeia de alimentos pode levar décadas ou mesmo uma geração. Aos 75 anos, Guilherme Gurski (à direita, com a esposa Maria e o filho Luiz Sérgio) chegou lá. Até a década de 1990, ele produzia grãos e batata em Rio Azul. Em crise, partiu para as frutas vermelhas... e hoje produz 10,5 toneladas ao ano de amora, framboesa e morango, 80% para produção de polpa na agroindústria do sítio. Caminho parecido começa a ser trilhado por Márcio Golemba (à esquerda, com os filhos Felipe e Amanda), no mesmo município. O futuro da família está no pomar. Uma área do tamanho de um campo de futebol é dedicada a frutas de caroço e ao morango, que terá primeira safra neste ano. Na região, R$ 120 mil estão sendo investidos em iniciativas do gênero. | Fotos:Jonathan Campos/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/10/db614ae0b4889fb4b3ebe78008d12305-gpLarge.jpg)
Novas cadeias de produção de alimentos surgem no Paraná em pequenas propriedades que durante décadas foram dedicadas a culturas tradicionais. Ao mesmo tempo,sistemas já estruturados se especializam e avançam na industrialização. Referência e produtividade agrícola e pecuária, o estado se desdobra para elevar a renda da agricultura familiar e evitar esvaziamento do setor. Em viagem de 2 mil quilômetros, a Expedição Agricultura Familiar apurou que o setor tem caminhos bem definidos para, ao invés de afastar, atrair mão de obra para o campo.
Lições de vida numa família de famílias rurais no Paraná
A equipe da Expedição Agricultura Familiar, durante percurso cumprido no Paraná, se deparou com uma forma inusitada de produção familiar. O condomínio Pizzolatto, no município de Saudade do Iguaçu, na região Sudoeste do estado, reúne quatro famílias, no total de 19 pessoas. Na propriedade de 192 hectares, o grupo produz uva, madeira e, principalmen
Leia a matéria completaOito em cada dez unidades produtivas rurais do estado são agrofamiliares, mas o setor conta com apenas três em cada dez hectares dedicados à agropecuária, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A exploração de pequenas áreas, com média de 14 hectares, tem rendido menos de dois salários mínimos em metade dos estabelecimentos.
“O que segura o produtor rural numa atividade é a renda”, resume a agente da Emater de Rio Azul (Centro-Sul) Nely Chiquetto, que acompanha verdadeira saga de famílias em busca de renda para manter os filhos no campo.
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