O embarque de frutas como manga e uva para o mercado externo é cada vez maior no Nordeste, com ajuda da desvalorização do real, que torna os alimentos brasileiros mais baratos no exterior.
O faturamento bruto da uva se aproxima de R$ 600 milhões e o da manga, de R$ 200 milhões, em 2015. São os dois principais produtos da região irrigada. A maior parte do volume produzido estaria sendo exportada.
A produção vem crescendo mesmo sem chuva. Avançou 23,2% em 2014, para 580 mil toneladas, em 18 mil hectares monitorados. O valor bruto dessa produção, que atingiu R$ 920 milhões, hoje passaria de R$ 1 bilhão, conforme o setor.
Sem irrigação ou poços artesianos, alternativas como a extração de frutas da caatinga, usadas na produção de polpas pela agricultura familiar é uma alternativa, mas não gera ocupação para todos.
Regiões onde chove estão em fase pior que a do Vale do São Francisco. O mercado e a exportação do cacau não remunera bem, reclama o Sul da Bahia. “Estamos sujeitos a cotações baseadas em dólar que não são reajustadas quando o dólar se valoriza”, relata o produtor de cacau e presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade. (JR)