Itajaí e Navegantes medem forças em Santa Catarina.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Se nas estatísticas todas as exportações de frango feitas pelos terminais ao longo do rio Itajaí-Açu são denominadas como “Itajaí” pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na prática a origem é divergente. Em uma margem do rio, em Navegantes, a Portonave opera na forma de terminal de uso privado (TUP), construído sob área própria. Já no lado itajaiense, a operação da APM Terminals é na forma de concessão de área federal, com tempo delimitado. Ambos disputam frente a frente as cargas exportadas.

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A divergência entre os modelos respinga no frango, que representa um terço do embarque total da região.Na metade deste ano, várias rotas de navios que eram operadas pela APMT migraram para a Portonave devido a diferenças de custos. O quadro motivou uma disputa política entre as duas cidades que parece estar longe de ser solucionada.

Com concessão válida até 2022, a APMT pede a prorrogação do contrato e a expansão da área de abrangência para dar vazão a R$ 180 milhões em investimentos. “Não somos contra nenhum modelo vigente, só queremos garantir nossa competitividade”, pontua o gerente comercial da empresa, Felipe Kaufmann. A licitação das áreas complementares, hoje vinculadas ao porto público, depende de autorização federal e não tem data definida para o leilão.

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No contraponto, a Portonave pondera que investiu e correu riscos por conta própria. Trata-se de uma disputa normal de mercado, avalia gerente comercial da empresa, Juliano Perin. “Seja qual for a solução, é importante que se resolva logo. O complexo ainda tem um grande potencial”, ressalta o assessor da superintendência do porto, Heder Moritz.