Rio Grande do Sul e Santa Catarina esgotam a oferta de milho do Sul e recorrem ao Cerrado para abastecer fábricas de ração. Estradas sobrecarregadas, como as BRs 163 e a 153, encarecem o custo do transporte. E, para a indústria gaúcha, não há sequer promessa de ferrovia.
Os catarinenses exaltam a possível criação da Ferrovia do Frango, que está em fase de projeto e deve cortar o estado de Oeste a Leste. A estrutura se conectaria à Ferrovia Norte-Sul, garantindo acesso aos grãos do Centro-Oeste.
O Rio Grande do Sul depende basicamente de rodovias. O custo do transporte em estruturas alternativas – como a ferrovia que liga a região de Passo Fundo (Noroeste) ao Porto de Rio Grande (Sudeste) e a rodohidroferrovia Estrela (Centro) – é considerado alto. “Os custos da operação via trem são os mesmos da rodovia, então a ferrovia acaba não sendo competitiva”, pontua a gerente de exportação da Agrodanieli, Julia Danieli. A empresa usa caminhões para comprar milho de longe e acaba exportando carne pelo Porto de Itajaí, em Santa Catarina. (IC)
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