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A carne de frango é o principal produto da pauta de exportações de Santa Catarina. Com 8.500 produtores, o setor produziu 2,1 milhões de toneladas em 2016 e desse total 47% foi destinada ao mercado externo.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
Segundo colocado no ranking nacional de produção de aves e primeiro no de suínos, Santa Catarina é o maior consumidor de milho do país e precisa importar metade do que consome. Com pouco mais de 3,2 milhões de toneladas do cereal colhidos na última safra, um recorde absoluto, o estado precisa do dobro para produzir proteínas.
Com uma dependência tão grande do grão importado de outros estados, Santa Catarina teve um 2016 desastroso. Convivendo meses com cotações acima dos R$ 50 por saca, os custos de produção dispararam e os avicultores perderam margens, o que fez com que muitos desistissem ou fossem obrigados a deixar a atividade.
O ano de 2017 começou mais animador. Com a safra recorde tanto no estado quanto no país, o preço da saca caiu pela metade e os preços internacionais melhoraram. Com uma rede de portos eficiente, o estado encerrou o primeiro semestre com uma alta de 15,8% no volume exportado (461,9 mil toneladas) e 8,8% nas receitas (US$ 863,4 milhões).
Durante a última semana, a equipe da Expedição este em diferentes regiões de Santa Catarina visitando produtores, indústrias, cooperativas, portos e instituto de pesquisa.
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A semana em Santa Catarina começou em Chapecó, no Oeste catarinense. Na segunda-feira (17), a equipe da Expedição Avicultura visitou a Aurora Alimentos, terceira maior empresa de carnes do país.
Aves foram responsáveis por 35,6% do faturamento da Aurora Alimentos em 2016, que atingiu R$ 8,5 bilhões. A cooperativa tem 8 frigoríficos de frango.
“Queremos passar de 1 milhão para 2 milhões de aves abatidas por dia”, revelou o presidente da Aurora Alimentos, Mário Laznaster. O plano ambicioso será executado até 2020.
Produtores Valdecir Silvestre e Adriane Flávia Silvestre são cooperados da Aurora: número de frangos do casal é de quase 14 mil. A região onde vivem, no Oeste catarinense, concentra 2,9 mil granjas comerciais e capacidade de alojamento para 52,4 milhões de aves.
A equipe da Expedição Avicultura percorreu mais de 1,5 mil quilômetros na última semana.
Na terça-feira (18), a equipe conheceu o projeto de boas práticas na produção de ovos da Embrapa Aves e Suínos em Concórdia. Liderado pelo analista de transferência de tecnologia da unidade, o zootecnista João Dionísio Henn, o BPP busca, através de atividades técnicas e práticas, assegurar a biosseguridade dos plantéis, a preservação ambiental, a qualidade dos alimentos e a saúde e bem-estar das aves e dos trabalhadores rurais.
O projeto conta com a colaboração de empresas do setor, dos serviços estaduais veterinários dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo e de entidades representativas, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em Concórdia, a pequena empresa familiar Ovos Guarani é uma das 11 unidades de referência do projeto da Embrapa. Comandada pelo casal de produtores Roberto Ghidorsi e Vânia Ghidorsi, a granja com 19 mil aves produzem 15.350 ovos por dia.
Na atividade desde 2007, Vânia conta que a família, que antes da avicultura trabalhava com hortifrútis, está investindo em infraestrutura, sanidade e tecnologia.
Presidente da Associação Catarinense de Avicultura, José Antônio Ribas Júnior, foi entrevistado na quarta-feira (19), em Itajaí, no litoral catarinense. Para Ribas, a avicultura do estado precisa pensar em longo prazo e cobrar infraestrutura para escoar a produção, principalmente rodoviária.
Na quinta-feira (20), equipe da Gazeta do Povo conheceu o terminal privado da Portonave, em Navegantes. O terminal é líder na operação de cargas conteinerizadas em Santa Catarina. Só no ano passado, foram 910.870 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Deste volume, as carnes foram responsáveis por 34%.
Dentro do Porto de Navegantes, a Iceport ocupa uma área de 50 mil m² e atua como um centro logístico especializado em cargas frigorificadas. Com uma movimentação média de 40 mil toneladas por mês, a operação é 100% automatizada.
Osmari de Castilho Ribas, diretor superintendente Portonave, conta que 76% das cargas congeladas que sairam de Navegantes foram de aves.
Na próxima semana, a Expedição Avicultura vai visitar as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul. Serão 2,5 mil quilômetros por estradas gaúchas.
Sobre a Expedição
Em sua quarta edição, a Expedição Avicultura 2017 faz um novo diagnóstico técnico-jornalístico da cadeia produtiva do frango no Brasil com visitas às principais regiões produtoras e exportadoras da proteína no país. Além dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contemplados nas edições anteriores, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, passam a fazer parte do roteiro.
O projeto é uma iniciativa do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e conta com o apoio da Boehringer Ingelheim, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco do Brasil, C. Vale Cooperativa Agroindustrial, Integra Foods, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e Renault.
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