Nesta segunda-feira (10), a Expedição Avicultura 2017 sai a campo para mapear os avanços e desafios da avicultura no país. Além da região Sul, contemplada na edição anterior, o levantamento técnico jornalístico vai percorrer também São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Juntos, os seis estados são responsáveis por 84% dos abates e 93% das exportações brasileiras de 2016, ano em que o país produziu mais de 12,9 milhões de toneladas da proteína.
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Com o roteiro ampliado, o levantamento vai diagnosticar a atividade brasileira discutindo desde os padrões adotados nos frigoríficos à logística do embarque portuário. “A ideia do projeto é discutir distribuição de renda e desenvolvimento econômico dentro e fora da porteira, debatendo abastecimento, segurança alimentar, consumo, gourmetização e agroeconomia”, destaca o gerente do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo, Giovani Ferreira.
As informações são utilizadas por diversas entidades e mostram a importância da atuação jornalística para ‘traduzir’ o funcionamento da produção de aves para a sociedade. “Sempre utilizamos os dados da Expedição Avicultura para fazer comparações, verificar a segmentação dos setores nas regiões e até mesmo como ferramenta de marketing para mostrar a prefeituras e ao Governo a importância da avicultura. Assim podemos mostrar como nossa atividade é a mais eficiente do mundo”, explica Domingos Martins, presidente do Sindiviapar - Sindiavipar - Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná.
Sobre a Expedição
Em sua quarta edição, a Expedição Avicultura 2017 faz um novo diagnóstico técnico-jornalístico da cadeia produtiva do frango no Brasil com visitas às principais regiões produtoras e exportadoras da proteína no país. Além dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contemplados nas edições anteriores, São Paulo, Minas Gerais e Goiás passam a fazer parte do roteiro. O projeto é uma iniciativa do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e conta com o apoio da Boehringer Ingelheim, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco do Brasil, C. Vale Cooperativa Agroindustrial, Integra Foods, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e grupo Renault.
Depois de fortíssimos desafios enfrentados ao longo do ano passado, como falta de crédito, alta no preço dos insumos e crise econômica interna, 2017 tinha tudo para ser o ano da retomada econômica da avicultura de corte brasileira. No entanto, a desastrada operação da Polícia Federal, batizada de Carne Fraca, gerou reflexos negativos que abalaram a imagem do país e impactou diretamente nas exportações. Segundo maior produtor mundial da proteína, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil ocupa desde 2004 a liderança global de exportação. São mais de 150 países atendidos.
No primeiro semestre deste ano, os embarques de carne de frango caíram em volume, mas cresceram em receita em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações alcançaram 2,121 milhões de toneladas de janeiro a junho, um recuo de 6,4%. Em faturamento, porém, o crescimento chegou a 5,9%, somando US$ 3,5 bilhões, ou US$ 201 milhões a mais do que nos primeiros seis meses de 2016.
Mesmo assim, as expectativas continuam otimistas. Até o fim de 2017, por exemplo, a Associação Brasileira de Proteína Animal prevê uma elevação de 3% a 5% tanto na produção quanto nas exportações do setor.
Ovos
A produção de ovos também está no radar da Expedição Avicultura. De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (15/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de ovos de galinha cresceu 5,8% e chegou a 3,1 bilhões de dúzias. E o mercado continua aquecido. Só no primeiro semestre deste ano, foram mais 4% de aumento.
Todos os cenários serão levantados, questionados e analisados pela equipe da Expedição Avicultura 2017. E todos os detalhes dos 15 mil quilômetros que serão percorridos nos próximos dois meses estarão diariamente na página da Expedição, através de imagens, vídeos, matérias e análises da equipe de campo.
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