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Ele considera que o aproveitamento de pastagens degradadas na agricultura pode ser feito de um ano para o outro, e que as condições de vida de uma forma geral melhoraram nas zonas de expansão. "Se não tiver luz dá para ligar um gerador, se não tiver água dá para cavar um poço artesiano", afirma. Quando chegou em Naviraí, trabalhava no cabo na enxada. Em casa, a luz vinha de lampiões a gás.

Inspirado na expansão do setor, Sakae Kamitani acredita que a Copasul, que foi criada por 28 produtores e hoje tem 700 associados, poderá dobrar o faturamento de 2013 a 2018 e chegar a R$ 1 bilhão. Além de grãos, a empresa explora a agroindústria do algodão e a da mandioca.

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O negócio comandado pelo imigrante japonês se adaptou a vários ciclos do agronegócio brasileiro. Começou com o café e chegou à soja e ao milho, que reinam atualmente. Em sua avaliação, este não será um ciclo provisório.

Os números confirmam a evolução. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produtividade da soja passou de 1,5 mil quilos para 3 mil quilos por hectare de 1975 para cá. Mato Grosso do Sul tem acompanhado essa evolução mesmo com problemas climáticos como seca e excesso de chuva. Porém, a disponibilidade de áreas é cada vez menor. Para o neto de Sakae, Victor, 30 anos, a saída é cultivar áreas arrendadas.