A safra 2012/13 de verão promete bons frutos no Oeste baiano. Assim como em maior parte do Brasil, o clima virou e a tensão deu lugar ao otimismo na região. Até dois meses atrás, as perspectivas eram de que o fenômeno El Niño trouxesse chuvas e produtividades abaixo da média. Hoje a expectativa do campo é outra.
As plantações de verão germinam com vigor em todo o Oeste da Bahia. Chuva não falta. "Se continuar chovendo bem, podemos superar a produtividade do ano passado", diz Vanir Koln, presidente do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães.
As chuvas demoraram a chegar, mas nas últimas semanas caem acima do normal em todo o Oeste baiano. Em algumas áreas o acumulo de água forma gigantes bolsões de água, que tendem a ser absorvidos pelo solo nos próximos dias, já que a previsão é de que as chuvas deem uma trégua à região e os trabalhos de plantio voltem a engrenar.
Segundo a Aiba, cerca de 40% da área a ser destinada à soja precisam ser semeados. As plantadeiras com sementes de milho já cobriram 60% do terreno e o algodão chega a 25%. "Se os trabalhos forem concluídos até dezembro a cultura terá sido plantada na janela ideal", avalia Ernani Sabai, assessor de Agronegpocios da entidade.
"Estava muito preocupada com o clima, mas agora está tudo bem", confirma Zirlene Zution, de Roda Velha, um distrito pertencente à São Desidério.
A Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba) acredita que, com os investimentos em tecnologia realizados pelos produtores locais, será possível retirar do campo 3,12 mil kg/ha (52 sc/ha), uma média acima das menos de 50 sacas colhidas no ano passado, mas abaixo do recorde atingido em 2010/11, quando a região registrou média de 56 sacas.
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