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Com lavouras a 800 metros de altitude e umidade acima da média do Centro-Oeste, os chapadões do Leste de Mato Grosso do Sul vêm reforçando a vigilância sanitária das lavouras. Nessas condições, o monitoramento de doenças como a ferrugem asiática da soja torna-se decisivo para evitar queda na produtividade. Os riscos abriram espaço para a estruturação da Fundação Chapadão, que vigia as lavouras com pesquisas e diagnósticos.

O rendimento por hectare chega a 70 sacas de soja, 20 a mais do que a média nacional, mas acaba sendo reduzido todo ano a médias próximas de 55 sc/ha devido à interferência de pragas, conta Edson Pereira Borges, diretor-executivo da Fundação Chapadão. Criada em 1997 por 32 produtores, a entidade atende hoje a 90 agropecuaristas e se sustenta com receita de 6 quilos de soja por hectare que o grupo planta ao ano. Os associados detêm 327 mil do total de 600 mil hectares de lavouras da região.

PlantioAs lavouras são tão planas e extensas que as divisas das fazendas desaparecem no horizonte. Com salvaguarda da pesquisa, o plantio entra na reta final depois de ter sido interrompido por duas semanas. As chuvas salvam a lavoura, ainda em fase inicial, mas o potencial de produção deve apresentar redução.

"Nas áreas que sentiram a seca, a produtividade poderia chegar a 68, mas deve ficar em 65 sacas por hectare", estima Valdeci Moreira de Sampaio, gerente da Fazenda Indaiá I. Ele comemora a chegada da estação chuvosa, que nos últimos anos foi além do limite entre janeiro e março.

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