Na tentativa de cumprir os planos para a safra de inverno, os produtores do sudoeste goiano estão pisando forte no acelerador das colheitadeiras. Quando o tempo permite, os campos se enchem de máquinas. Ao mesmo tempo em que a safra é retirada do campo, tratores largam as sementes da segunda safra de milho, colhida no inverno.
As chuvas atrasaram o plantio, porque chegaram mais tarde e em volumes abaixo do normal. E agora comprometem os trabalhos de colheita. Em passagem pela região nesta semana, a Expedição Safra Gazeta do Povo apurou que cerca de metade da área plantada com a oleaginosa foi colhida até o momento. Nesta mesma época do ano passado, cerca de 80% dos trabalhos estavam concluídos.
ProdutividadeAlém de o indicador de colheita, os rendimentos alcançados até o momento também se mostram abaixo do alcançado no ciclo passado. “Poucos produtores estão colhendo acima de 55 sacas por hectare. A maioria deles está com produtividade entre 50 sacas e 55 sacas por hectare”, revela o superintendente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Cláudio Teoro. No ano passado, rendimentos acima de 60 sacas eram comuns na região, acrescenta ele.
ChuvasOs resultados colhidos nesta safra de verão são atribuídos ao clima. Neste ano, as médias de chuva caíram significativamente na região, considerada uma das mais produtivas do Brasil. A Expedição Safra teve acesso a dados históricos de precipitações de fazendas de Rio Verde e os números são surpreendentes. Em dezembro, por exemplo, os índices de acumulado de chuva chegou a 136 milímetros, contra 215 milímetros registrados no ano passado. Em outubro, mês de concentração de plantio, a diferença foi ainda maior. Ao longo dos 31 dias, choveu apenas 23 milímetros em algumas áreas, contra uma média histórica de mais de 200 milímetros.