Segunda maior região em produção de soja de Mato Grosso, com 1,5 milhão de hectares, o Sudeste vem recebendo chuvas pausadas que fazem com que o plantio da oleaginosa evolua em etapas, dentro do prazo agroclimático. Parte das lavouras já implantadas está com a umidade no limite, mas a produtividade do ano passado ainda pode ser superada, relatam os produtores.
Eles consideram que, um ano atrás, houve seca em boa parte das lavouras no plantio e excesso de chuva na colheita. Lavouras que poderiam render 60, ficaram com 50 a 55 sacas por hectares em Primavera do Leste e Rondonópolis. Por enquanto, nessas mesmas zonas, o potencial da temporada atual se mantém em 60 sc/ha.
Os produtores Osvaldo e Rodrigo Raiter (pai e filho), de Primavera do Leste, relatam preocupação com pragas como a lagarta-da-maçã, que se espalha a partir de lavouras de algodão, e com a ferrugem asiática, que voltou com força na última temporada. No caso da ferrugem, o fungo causador da doença não está sendo devidamente combatido no estado, principalmente pelos produtores que usam sementes superprecoces. Como colhem as plantas antecipadamente, eles dispensam o uso de fungicida quando a ferrugem está se proliferando. E as plantações da vizinhança acabam sendo atacadas.
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