A Expedição Safra acaba de confirmar a inclusão do Uruguai e de três países da África – Angola, Moçambique e África do Sul – em seu roteiro da temporada 2013/14. Com isso, os técnicos e jornalistas do projeto, que já viajaram pelos continentes europeu e asiático e todo ano percorrem América do Norte e América do Sul, incluem um quarto continente nas discussões sobre produção de grãos e demanda por alimentos.
A primeira das sete viagens que vão ocorrer durante a colheita de soja e milho do Brasil será por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A equipe sai de Curitiba no próximo sábado com destino a Cuiabá (MT). Os expedicionários vão chegar ao Norte mato-grossense e depois retornar a Mato Grosso do Sul, entrevistando produtores, técnicos, analistas, pesquisadores, executivos, empresários.
O segundo roteiro também já está engatilhado. Paraná e São Paulo serão percorridos a partir do dia 27. Além do monitoramento da colheita, a viagem inclui passagem pelo Show Rural Coopavel, que abre o calendário brasileiro das feiras agropecuárias (3 a 7 de fevereiro), em Cascavel (Oeste do Paraná). No evento, serão aprofundadas as discussões sobre a produção e a situação econômica do setor.
Outros três roteiros estão sendo traçados para que a sondagem chegue a 14 estados brasileiros. Do Rio Grando do Sul ao Maranhão. O Amazonas e o Pará integram a lista de destinos da Expedição para inclusão dos portos de Itacoatiara e Itaituba nos debates sobre logística e produção, na medida que favorecem a expansão da nova fronteira agrícola do Centro-Norte.
Com produção de soja três vezes maior que a verificada cinco anos atrás, o Uruguai entra no roteiro pela importância que ganha no mercado internacional. A expectativa é que o país colha mais de 3 milhões de toneladas, praticamente tudo para exportação. Os vizinhos Argentina e Paraguai (3.º e 4º maiores exportadores) continuam no roteiro fixo da colheita.
A África será o diferencial desta edição da Expedição Safra. O roteiro, anunciado no ano passado, vem sendo detalhado pelos técnicos e jornalistas. A equipe vai conhecer como está a produção no continente, que detém mais da metade das áreas agrícolas ainda não cultivadas do planeta, conforme o Banco Mundial. Até 2030, o agronegócio – considerado motor do desenvolvimento social – promete injetar US$ 1 trilhão e impulsionar a economia do continente.