Santa Rosa (RS) –
De acordo com o gerente agropecuário da Copermil, Sérgio Schneider, o excesso de chuva em janeiro, seguido de um forte calor, gerou um ambiente perfeito para o desenvolvimento da doença. A pluviosidade registrada no primeiro mês ficou acima dos 300 milímetros, recorde de janeiro nos últimos 30 anos. Os registros de lagartas como falsa medideira e helicoverpa foram baixos.
“Tradicionalmente como ocorre estresse hídrico no começo do ano, o ciclo da ferrugem é interrompido. Esse ano foi diferente. A perda do ano passada por causa da seca será semelhante essa temporada por conta da doença”, contextualiza o gerente agropecuário da cooperativa, que atuam em 11 municípios da região.
A maior incidência de ataque da ferrugem asiática também fez com que parte dos cinco mil associados da cooperativa aumentasse o número de aplicações. A média tem sido de quatro entradas. Porém, alguns agricultores preferiram não gastar com produtos, reduzindo a produtividade.
“Tem vizinho que fez duas aplicações e terá perda acima de cinco sacas”, conta o produtor José Helmuth Seteffen.
Ele, porém, fez o manuseio indicado com cinco aplicações, suficiente para garantir uma das melhores produtividades dos últimos. Quando começar a colher os 200 hectares dedicados à soja a partir de 15 de março, Seteffen espera colher 50 sacas por hectare.
“Tive pouca perda com ferrugem. Será uma boa safra”, comemora o produtor de Santa Rosa. “A expectativa lá atrás era melhor. Mesmo assim, apesar dos contratempos, basta uma boa chuva nos próximos 10 dias para garantir uma safra interessante”, complementa Schneider.
Confira mais informações sobre o andamento da safra no Rio Grande do Sul no caderno de Agronegócio da Gazeta do Povo na próxima terça-feira (3).
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