Eno Pedde, de Marechal Cândido Rondon, projeta terminar a colheita de soja no próximo dia 20.| Foto: Jonathan Campos

A seca na fase de plantio da safra 2014/15, entre final de setembro e início de outubro, não foi suficiente para comprometer o desenvolvimento das lavouras de soja no Paraná. De acordo com o relatório divulgado nesta terça-feira (10) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), 84% da área não colhida apresentam boas condições, enquanto 15% estão em estado médio e apenas 1% tem desenvolvimento ruim.

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Em virtude da falta de chuva na semeadura, a colheita segue atrasada no estado. Ainda segundo o documento do Deral, apenas 844 mil hectares (17%) dos cinco milhões de hectares dedicados à oleaginosa já foram retirados.

Entre os 19 núcleos do órgão espalhados pelo estado, a colheita está mais avançada na região Oeste. As máquinas já percorrerem 62% e 55% das áreas das regionais de Toledo e Cascavel, respectivamente, com boa produtividade.

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Na propriedade de Eno Pedde, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do estado, a colheita está bastante avançada. A expectativa é encerrar os 218 hectares plantados com soja até o próximo dia 20. A produtividade média até o momento é de 72 sacas por hectare, cinco acima da registrada na safra passada.

“Tivemos pouco problemas com clima e pragas. Além disso, a semente que escolhemos está atingindo boa produtividade, com ótimo peso do grão”, diz Pedde, que ainda dedicou 68 hectares para o milho de verão.

Em outros nove núcleos as máquinas agrícolas ainda nem começaram a operar por conta do atraso no plantio. A expectativa é de que isso ocorra a partir do Carnaval, alcançando o pico da colheita no início de março. Por conta do calendário 'apertado', os produtores destas regiões temem pela “perda” da janela para a semeadura do milho safrinha.

Milho verão

A colheita do milho verão está em 11% dos 536 mil hectares, segundo o relatório do Deral. Os núcleos mais avançados são de Francisco Beltrão e Umuarama com 56% e 40%, respectivamente.

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As lavouras do cereal apresentam boa condição em 88% dos casos, enquanto 11% estão média e 1% ruim.