Agrônomos discutem momento de valorização em Foz

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A expansão do agronegócio abre oportunidade para valorização dos engenheiros agrônomos,  apontou o encontro encerrado hoje em Foz do Iguaçu, com 450 profissionais do setor e 150 estudantes. Três eventos atraíram o público -- o 39º Encontro Paranaense de Entidades de Classe (Epec), o 23º Fórum de Inspetores e o 9º Encontro Estadual do Crear-PR.

As discussões mostraram, em uma das principais frentes, a necessidade de especialização da agricultura e tiveram participação da Expedição Safra Gazeta do Povo, que apresentou projeções sobre o salto de 185 milhões para 200 milhões de toneladas de grãos previsto para esta temporada.

"Existem engenheiros agrônomos suficientes, mas nem todas as áreas recebem assistência, apesar de estar claro que isso é necessário para ampliar a produtividade", defendeu o vice-presidente do Crea-PR, Osvaldo Danhoni. O estado conta com 14 mil graduados, mas nem todos atuam.

Ele aponta como uma situação ideal a que ocorre em cooperativas como a Agrária, em que 11 agrônomos atendem 500 associados, prestando assistência em todas as etapas do ciclo de produção. A cooperativa fica em Entre Rios, Guarapuava, e tem fazendas com média de 23 mil quilos por hectare de milho e 4,5 mil quilos por hectare de soja. Essas marcas são favorecidas pelo clima e por sementes adaptadas, segundo a cooperativa.

Franco

Três eventos paralelos tiveram os debates aquecidos pela polêmica em torno da declaração do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, que teria atribuído atraso nas obras dos aeroportos para a Copa do Mundo a "engenheiros ruins". O cenário de aumento na produção de grãos arrematou os debates.

"O encontro reúne basicamente lideranças, que têm a responsabilidade de mostrar a importância do engenheiro civil, do agrônomo, para a sociedade", apontou o gerente de Relações Institucionais do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR), Claudemir Prattes.

Nesta tarde, os engenheiros vão fechar um texto em resposta às declarações de Franco e discutir maneiras de se comunicar com a imprensa. Segundo Claudemir, essa relação pode melhorar com uma aproximação entre profissionais das duas áreas.