Os produtores de grãos do Oeste da Bahia compraram defensivos para até nove aplicações -- entre quatro e cinco extras -- antevendo novos ataques da lagarta Helicoverpa armigera. A medida preventiva esgotou os inseticidas mais eficientes nas revendedoras. A disputa pelos agrotóxicos fez com que estoques milionários fossem levados para as fazendas. E a segurança contra roubos teve de ser reforçada.
Como a lagarta parece ter vindo para ficar, o produtor Denner de Souza, de Formosa do Rio Preto, está criando mais cães americanos. O canil com dez animais tem diversas raças, mas o americano tem sido eficiente na hora de fazer barulho diante de algo estranho, relata Souza, que recebeu a Expedição Safra Gazeta do Povo para falar sobre as tendências da produção de soja e milho na região.
Ele conta que a Helicoverpa armigera eleva os custos em duas sacas de soja por hectare -- de 25 para 27 (com defensivos, diesel, maquinário, horas de trabalho). As lavouras da fazenda Pontal do Sul exigem menos aplicações do que outras da mesma região. Em anos sem a pressão da nova lagarta, eram feitas duas pulverizações. No entanto, o acréscimo deve ser equivalente (cinco extras). "Estamos preparados para até sete aplicações", conta o agricultor.
A Expedição Safra segue viagem pelo Centro-Norte e mostra as tendências da região na terça-feira, no caderno Agronegócio.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais