![Chuva escassa na região das sementes, em Santa Catarina Lavouras secas, concentradas no Oeste de Santa Catarina, são exceção. Região central depende de 1,5 mês de clima normal. | Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/02/973fe2b8e0a44cc5dd3dd287dc3610eb-gpLarge.jpg)
![](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/02/ebd331ce2b2d15772f40d4149d2ebde4-gpMedium.jpg)
Os dois polos de produção de sementes de Santa Catarina -- o que abrange Xanxerê e Abelardo Luz (no Oeste) e o de Campos Novos (no Centro do estado) -- enfrentam escassez de chuva. Com duas ocorrências pouco volumosas em 15 dias, a região central leva vantagem, mas ainda depende de um mês e meio de clima normal, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de três semanas pelo Sul do Brasil.
As plantações da região central -- a 900 metros de altitude, 100 a mais do que as do Oeste -- receberam duas chuvas nos últimos 15 dias. Nas da região mais baixa (800 m), poeira e sol quente predominam. As lavouras mantêm as aparências, mas o clima é de preocupação.
A previsão é que haverá precipitações abaixo do normal e isoladas nas próximas duas semanas e há risco de a soja passar perto de um mês sem água em pleno período de enchimento de grãos, aponta o produtor Marcelo Cambrussi, de Bom Jesus (Oeste).
Produtividade
O milho está escapando, à medida que a colheita avança no Oeste. Marcas de 11 mil a 12 mil quilos por hectare são comuns na região. O polo agroindustrial importa o cereal para a produção de carnes e mantém as cotações de R$ 22 por saca, 10% acima das praticadas a 300 quilômetros dali.
A produtividade da soja depende de chuvas, alerta o gerente da unidade que a cooperativa C. Vale mantém em Abelardo Luz, Julio César Pias Silva. O potencial por hectare tem crescido ano após ano, relata. "Em 2003, eram 2,5 mil quilos. Hoje esperamos 3,6 mil quilos e, logo logo, a região pode chegar a 4 mil."
![](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/02/56487cdd53b4eb6167a329769dc34c27-gpMedium.jpg)
Em Campos Novos, a situação é mais tranquila neste ano, após duas temporadas consecutivas de quebras localizadas. "Somos uma das últimas regiões do país a plantar a safra de verão. Até agora o clima tem sido bom, e esperamos que as chuvas previstas para as próximas semanas sejam suficientes."
Os irmãos agricultores Jonathan e Hermann Hartmann atuam no município central e contam que receberam 18 milímetros de chuva 15 dias atrás e cerca de 5 milímetros há uma semana. A umidade fez a diferença em sua região, com plantas de soja de 1,5 metro de altura. "Passamos de 50 para 53 sacas de soja por hectare no ano passado [em dois anos com clima irregular] e agora esperamos 60", afirma Jonathan.
Leia reportagens consolidadas pela Expedição Safra na edição de terça-feira do caderno Agronegócio.
-
Sanções de Trump contra Moraes seriam possíveis, mas pouco prováveis
-
Pressão popular faz esquerda recuar nos EUA e no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
-
Em 2022, Kamala questionou se os EUA têm eleições “livres e justas”
-
A onda "Taxad": quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem aí
Deixe sua opinião