Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

Fim de safra esquenta debate sobre mercado no Paraguai

 |
Colheita da soja de verão está praticamente encerrada na região. |

1 de 3

Colheita da soja de verão está praticamente encerrada na região.

Os produtores do Paraguai estão preocupados com a tendência de os Estados Unidos produzirem novamente safra acima de 105 milhões de toneladas |

2 de 3

Os produtores do Paraguai estão preocupados com a tendência de os Estados Unidos produzirem novamente safra acima de 105 milhões de toneladas

Planejamento passou a ser fundamental para a rentabilidade das unidades produtivas. |

3 de 3

Planejamento passou a ser fundamental para a rentabilidade das unidades produtivas.

Nueva Esperanza (Canindeyú, Paraguai) -- Uma demonstração de máquinas incrementada com informações sobre o mercado e as cotações da soja e do milho reuniu cerca de 600 pessoas na manhã desta quinta-feira (26) em Nueva Esperanza, no Leste do Paraguai. A concentração, com a colheita da soja de verão praticamente encerrada, foi atribuída à expectativa em relação às tendências do mercado.

O assunto foi destrinchado pelo coordenador da Expedição Safra Gazeta do Povo, Giovani Ferreira. Ele mostrou que o momento é de oferta reforçada, mas que a produção sul-americana ainda tem fôlego para crescer.

Paraguai, Uruguai e Bolívia estão exportando mais de 10 milhões de toneladas de soja em grãos ao ano, volume maior que o enviado ao mercado global pela Argentina, terceiro exportador. Contando com o Brasil, a região responde por mais de 55% do mercado global da oleaginosa, apontou Ferreira.

Os produtores do Paraguai estão preocupados com a tendência de os Estados Unidos produzirem novamente safra acima de 105 milhões de toneladas, próxima do recorde de 108 milhões da última temporada. “A questão é a pressão sobre os preços. Produção não tem sido muito nosso problema, mesmo com veranicos”, disse o agricultor brasiguaio Altevir José Dotto, desde 1977 no país vizinho.

Mesmo com veranicos, ele alcançou 3 mil quilos por hectare em Catueté (Canindeyú), média considerada satisfatória. Mas Dotto teme que os preços não atinjam US$ 20 por saca tão cedo.

A cotação oscila entre US$ 17 e US$ 18 e inibe as vendas desde o ano passado. O vencimento das contas da safra e a exigência do governo paraguaio de que toda a produção seja faturada até junho pressionam os agricultores a aceitarem preços abaixo dos esperados.

O planejamento passou a ser fundamental para a rentabilidade das unidades produtivas, disse o diretor executivo da Agrotec, Jefferson Santi. O volume da produção foi fundamental para evitar descapitalização, conforme o diretor da Cotripar, Valdir Vefago. Eles acreditam que o crescimento planejado tende a estimular o desenvolvimento dos mais diversos elos do agronegócio enquanto cadeia produtiva.

A Expedição Safra segue viagem de 3,5 mil quilômetros pelo Paraguai. Nesta sexta-feira (27), percorre portos de Assunção para mostrar a logística de exportação do país, o quarto maior exportador de soja do mundo.

Acompanhe em www.agrogp.com.br.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.