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  • Viagem de 8 mil quilômetros cumpre etapa inicial.
  • Plantas estão até 30 centímetros mais baixas em áreas arenosas ainda não reestruturadas, mostra o técnico Leandro Fernandes.
  • Técnicos e analistas do Intituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária apontam que problemas climáticos limita a produtividade da soja.
Plantas estão até 30 centímetros mais baixas em áreas arenosas ainda não reestruturadas, mostra o técnico Leandro Fernandes.

Os resultados da soja neste ano vão revelar as deficiências de áreas arenosas que nas últimas safras vinham tendo desempenho irretocável. Houve falta de água em três períodos durante o ciclo das plantas, que agora estão até 30 centímetros menores em solos com baixo teor de argila e que não tiveram sua fertilidade construída para a agricultura.

A produtividade varia até dez sacas por hectare devido a esse contraste, que acontece entre lotes de produção de uma mesma fazenda, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo no Médio Norte de Mato Grosso. A região é o maior polo de produção do Brasil.

Viagem de 8 mil quilômetros cumpre etapa inicial.

A variação na produtividade não pode ser atribuída somente ao clima, mas também à própria deficiência de áreas que ainda precisam de cuidados extras, apontou o coordenador técnico da Fazenda Mutum, Leandro Fernandes Ferreira.

Ele mostrou a diferença entre duas lavouras vizinhas em que usou-se a mesma variedade de soja. Na primeira, o teor de argila de 18%, apesar de relativamente baixo, tem sido suficiente para gerar expectativa de 50 sacas por hectare, uma vez que o solo é bem manejado. Na segunda, a argila limita-se a 10%. E, mesmo com cuidados semelhantes, a expectativa é de 40 sacas por hectare.

Técnicos e analistas do Intituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária apontam que problemas climáticos limita a produtividade da soja.

"Áreas arenosas originalmente são menos férteis que as argilosas. Mas podem se tornar até mais produtivas, dependendo da adubação e do manejo do solo", avalia o engenheiro agrônomo e especialista no assunto Luiz Tadeu Jordão, que acompanha a Expedição em viagem por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

Para que um solo arenoso se torne produtivo em temporadas de chuva irregular ou escassa, é necessário trabalho constante de manejo da terra, que pode levar mais de uma década, aponta o especialista. Um ano é pouco para as reações químicas que alteram o perfil de uma área deficiente.

 

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