A retração nas vendas é fato na Argentina e ninguém duvida do fôlego dos produtores. Nos últimos anos, quem esperava que fosse entregue metade da safra na colheita teve de se contentar com um quarto. Agora, com uma safra maior mas a preços reduzidos em 30%, as negociações estão ainda mais paradas. Porém, a chegada de um grande volume de grãos ao mercado é inevitável, dizem os especialistas.
"Até a última semana, foram entregues 11,5 milhões de toneladas de soja, mas menos de 10% desse volume tiveram preço afixado. O que significa que o produtor não está ficando com a produção mas também não quer vender: espera uma reação nas cotações até o vencimento das dívidas da safra", disse Germán Triunfetti, chefe de Comercialização da Héctor A. Bertone, uma das maiores cerealistas da província de Córdoba, com sede em Villa María.
No terminal portuário da Associação das Cooperativas Argentinas (ACA), às margens do Rio Paraná, a 30 quilômetros de Rosário, a soja nova começou a chegar duas semanas atrás e o movimento de caminhões e trens é crescente. Em toda a região portuária registra-se movimentação característica da estação de embarque de grãos ao exterior.
A Expedição Safra segue viagem pela província de Buenos Aires e vai buscar informações também na capital, no Ministério da Agricultura e na Bolsa de Cereales.
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