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No trajeto percorrido pelo Norte e Centro do Paraná foi possível observar que milho está perdendo espaço para a soja | Josua© Teixeira / Gazeta Do Povo
No trajeto percorrido pelo Norte e Centro do Paraná foi possível observar que milho está perdendo espaço para a soja| Foto: Josua© Teixeira / Gazeta Do Povo

Com preços de venda mais baixos e custos de produção superiores aos da soja, produtores do Norte do Paraná perdem o interesse pelo milho de verão (primeira safra). O cenário foi confirmado por técnicos de cooperativas ouvidos pela Expedição Safra Gazeta do Povo em Londrina, Maringá e Campo Mourão. O trecho foi percorrido entre terça-feira (29) e quarta-feira (30).

Para Irineu Baptista, gerente técnico da Cooperativa Integrada (Londrina), o espaço dedicado ao cereal ficou abaixo das expectativas. “A área deveria ser bem maior para favorecer a rotação de culturas”, avalia. Na região atendida pela cooperativa o grão está ocupando 30 mil hectares, mas ele estima que o valor deveria ser cinco vezes maior. A soja vai ficar com 450 mil hectares na região, complementa.

Irineu Baptista, da Cooperativa Integrada, diz que milho deveria ter mais espaço no verão para favorecer rotação de culturas

O fato do cereal ser mais vulnerável a problemas de produtividade também está pesando na decisão dos produtores. “O milho gosta de dias quentes e noites frias. Essa condição é mais comum em áreas mais altas, que rendem boa produtividade no verão”, salienta Rafael Furlanetto, técnico da Cocamar, de Maringá.

No caso da Coamo, em Campo Mourão, a retração do milho foi menos expressiva, avalia Marcelo Sumiya, gerente de assistência técnica da cooperativa. Em 2013/14 a área será de 145 mil hectares, 5% menos do que os 180 mil hectares semeados na última safra. “Alguns produtores tradicionais, que sempre fazem rotação de culturas, decidiram manter a soja. Mas isso é pontual e não deve gerar impacto agronômico”, salienta.

Após percorrer cerca de 400 quilômetros pelas três regiões a Expedição Safra percorre nesta quinta-feira (31) os Campos Gerais, avaliando a situação das lavouras em Tibagi, Castro e Ponta Grossa.

 

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