Calor excessivo já compromete germinação da soja em algumas lavouras.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta Do Povo

O plantio de verão começa aos poucos na região Norte do Paraná, num momento em que as lavouras ainda não receberam boa sequência de chuvas. A Expedição Safra Gazeta do Povo chegou à região para acompanhar a fase inicial da semeadura e levantar dados sobre a expectativa do setor produtivo. A região de Londrina plantou cerca de 40 mil hectares até o momento, conforme os entrevistados. Com o fim das chuvas nos últimos dias, o plantio está paralisado na região, revela o gerente técnico da cooperativa Integrada, Irineu Baptista. Segundo ele, as lavouras semeadas conseguem suportar o calor excessivo por no máximo dez dias. A partir desse prazo, pode haver impacto no potencial produtivo da soja.

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Técnicos da cooperativa foram a campo nesta terça-feira (15) para medir a temperatura do solo. O resultado preocupou: 67º C na altura da raíz das plantas (dois centímetros de profundidade). "Essa soja pode sofrer alguma consequência. Já notamos falhas de emergência nas bordas das lavouras", disse.

Serão perto de 50 mil hectares à espera de umidade. No milho, perto de 1 mil hectares (10% da intenção de plantio) esperam por chuva. “As lavouras foram semeadas quando havia umidade, mas agora os produtores estão na dependência de mais umidade”, avalia Marcelo Garrido, economista do Departamento de Economia Rura (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que acompanha a equipe de técnicos e jornalistas.

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Na terça-feira da semana que vem, as plantações devem receber até 10 milímetros, conforme as previsões meteorológicas. Porém, somente após o dia 25 é que haverá chuvas consistentes e contínuas para a região Norte do estado, um quadro que se estende à maior parte das zonas agrícolas do Centro-Sul do Brasil.

A Expedição Safra segue viagem rumo a Campo Mourão e Rolândia.