![Pivôs salvam produtividade no Noroeste de Minas Gerais | Andra© Rodrigues / Gazeta Do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/02/033278ee8d69b2a893f38f7b3591f28f-gpLarge.jpg)
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A irrigação artificial tem evitado maiores prejuízos na região de Paracatu (Noroeste de Minas Gerais), conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. Em um encontro realizado com produtores no município, técnicos e jornalistas constataram que as perdas de produtividade na safra de verão serão maiores em áreas de baixas altitudes, sem pivôs.
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No Noroeste mineiro há dois perfis de áreas: de vão e chapada. Ás áreas de “vão” possuem altitudes entre 500 metros e 600 metros e não se faz irrigação. Já nas áreas de chapada as altitudes chegam a 1 mil metros e é comum o uso dos pivôs. “A diferença é gritante. Tem áreas irrigadas com potencial para produzir 70 sacas de soja por hectare e áreas ao lado [sequeiro] não vai produzir nem 10 sacas por hectare”, estima o agricultor João Alves da Fonseca, que cultiva 360 hectares de soja em Paracatu. Ele salienta que as cultivares de ciclo precoce ficaram menos expostas ao clima seco e devem consolidar menos perdas.
A região passou por dois veranicos, um no final de dezembro e outro em fevereiro.
PragasAlém do clima seco, produtores demonstram preocupação com as lagartas Helicoverpa armigera e Falsa medideira. Os custos com aplicações para controle do inseto oscilaram entre R$200 e R$250 por hectare da oleaginosa, praticamente o dobro de estados como Mato Grosso e Paraná, onde o gasto chega a R$120 por hectare.
Os agricultores reclamam da restrição ao uso do princípio ativo Benzoato de Emamectina. O produto ainda não está completamente liberado para uso no país. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) restringe o defensivo no estado, sob a alegação de que a Helicoverpa pode ser controlada por meio de manejo adequado. Desde novembro de 2013 o estado está em estado de emergência fitossanitária devido aos ataques da Helicoverpa.
"Safrinha"Após a colheita da soja as áreas de irrigação são semeadas com o milho segunda safra. Cerca de um terço da produção nacional de sementes do cereal está concentrada nos arredores do município. As condições para a safrinha são apontadas como favoráveis. “Choveu no início do plantio do milho safrinha e fomos obrigados a atrasar o início das atividades, mas isso garantiu boa umidade no solo para plantarmos agora”, aponta o agrônomo Marcelo Lima Silva, que gerencia uma área de 350 hectares em Coromandel (MG).
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